Caderno 4: Áreas do Conhecimento

Reflexão e ação 1
Filme Ponto de mutação – Original: Mindwalk (1990) – roteiro de Floyd Byars e Fritjof Capra, dirigido por Bernt Amadeus Capra.  Adaptação cinematográfica do livro Ponto de Mutação, do físico Fritjof Capra, que reflete sobre as problemáticas da sociedade contemporânea colocando em questão o paradigma reducionista/cartesiano — que orienta uma visão de mundo mecanicista e fragmentada — a ser vencido por novos paradigmas que possibilitem uma visão mais sistêmica da realidade humana. Na Ilha de Monte Saint Michel, na França, uma física, afastada do trabalho devido a conflitos éticos, um senador, candidato derrotado nas eleições à presidência dos EUA e um poeta que sofreu uma decepção amorosa e está em busca do sentido da vida se afastando de todo discurso político se encontram e, em um único dia, conversam sobre ciências, ecologia, guerra, política, filosofia. O filme é um convite para repensar não só as ciências e suas formas de produção, como também a visão fragmentada do conhecimento, praticada no cotidiano escolar. Disponível em: http://www.youtube.com .Após assistirem ao filme, estimulados para pensar formas de promover uma visão mais integrada sobre os temas no contexto escolar, convidamos vocês para refletirem e esboçarem uma forma de trabalhar o tema “Educação Alimentar e Nutricional” de forma articulada entre os componentes curriculares. Para provocar o diálogo e dar início à atividade, leiam o texto abaixo e procurem outras fontes de informação. “Alguns elementos para se pensar a Educação Alimentar numa perspectiva Integradora” No Brasil, a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional foi regulamentada em agosto de 2010, por meio do Decreto nº 7.272.

No intuito de promover as mudanças necessárias na Educação para o fortalecimento do Ensino Médio, a construção de um currículo que abranja de forma eficiente as áreas do conhecimento se constitui relevante.
O primeiro enfoque necessário nessa construção é a compreensão do conhecimento como resposta às necessidades sociais. Essas necessidades têm relação direta com o momento histórico, são resultantes de um contexto econômico, cultural e social.
Dessa forma, estabelecer vínculo entre o conhecimento e a realidade que se apresenta é fundamental para que se efetive a aprendizagem. Igualmente importante é promover o estudo dos componentes curriculares de forma a contemplar tanto as particularidades como a visão geral, abrangente desse objeto.
Assim, as áreas do conhecimento devem estabelecer as diversidades que especificam o objeto de estudo sem, entretanto, promover a articulação dessas diversidades, quer seja oportunizando a interdisciplinaridade.

PARTE I -
Promoção da interdisciplinaridade no trabalho como o tema “Educação Alimentar e Nutricional”

O trabalho com a interdisciplinaridade envolve não apenas a contextualização da temática a ser abordada, transpondo-a para a realidade dos alunos, mas principalmente a forma de integrar os componentes curriculares a partir da temática proposta.
O currículo precisa, portanto, prever a abordagem dos conteúdos de maneira a integrá-los a partir de um núcleo, considerando os diversos enfoques de acordo com a área do conhecimento.
No caso da proposta temática “Educação Alimentar e Nutricional”, poderíamos sugerir diversos enfoques, a saber:
1. Nas aulas de Língua Portuguesa, poderiam ser desenvolvidos textos para divulgar hábitos saudáveis na alimentação, tanto pela confecção de textos dissertativos, como de cartazes, anúncios de propaganda governamentais, dentre outros. A base do trabalho iniciaria por pesquisa a fontes de informação escritas, a partir de textos científicos, por exemplo;
2. Nas aulas de História, o enfoque poderia iniciar pelos fatores históricos do nosso povo que culminaram com a adoção de certos hábitos alimentares, buscando a origem desses hábitos e relacionando-os à história e à construção da nossa sociedade;
3. Em Geografia, poderiam ser analisados o clima, a vegetação, os terrenos geográficos e sua relação com as culturas de plantio dos alimentos consumidos no País/região, buscando a interligação dos hábitos alimentares com a alimentação produzida/plantio;
4. Em Física, análise da energia dos alimentos mais consumidos pelos alunos, energia gasta por um indivíduo a partir da alimentação que consome e energia produzida por determinados tipos de alimento; estudo da construção de equipamentos e instrumentos que auxiliam na medição de itens importantes na alimentação e nutrição;
5. Em Química, análise dos componentes alimentares, utilizando o laboratório para a formulação de pesquisas de análises químicas quanto à composição dos alimentos comuns à mesa do brasileiro seria uma abordagem interessante no trabalho do tema escolhido;
6. Em Educação Física, o reforço do trabalho de conscientização quanto a hábitos saudáveis aliado à prática de exercícios físicos viria a contribuir para mudança ou manutenção de
7.  hábitos alimentares e, consequentemente, para um grupo mais preocupado com a saúde, podendo ser os alunos utilizados como multiplicadores para a promoção de hábitos saudáveis.
8. Em Matemática, cálculos sobre quantidade de calorias ingeridas, índice de massa corpórea e o uso de fórmulas para o conhecimento mais profundo sobre os alimentos e suas consequências na dieta alimentar seria essencial ao estudo da temática e motivador aos alunos.
9. Em Biologia, enfoque nos recursos animais e vegetais como fontes de alimentação e nutrição;
10. Em língua estrangeira, a construção de frases de efeito sobre alimentação saudável e a construção de textos de nível básico que informem sobre alimentação e nutrição.

Ao final do período estipulado para o trabalho com a temática proposta, a escola poderia apresentar os resultados desse estudo, envolvendo toda a comunidade escolar, e propondo medidas para a manutenção de hábitos saudáveis.

GRUPO: LENICE MARIA GALINA, MARCIA REGINA GONCALVES LEMOS, MARY CLAUDINETE BASTIANELLO DA SILVA

E GISMEIRE DA SILVA COSTA E VILMA DINIZ COSTA