O conteúdo administrado em sala de aula, nem todo será aplicado no cotidiano do educando. Por outro lado, nem tudo o que se aprende fora da sala de aula tem alguma relação com os conteúdos presentes, por área de conhecimentos de acordo com o Currículo.
Segundo as diretrizes, preparar o educando para o trabalho e a cidadania é um dos objetivos que se pretende atingir no Ensino Médio. Onde o educando possa aprender e se aperfeiçoar como pessoa, incluindo a formação ética e a compreensão dos fundamentos científicos tecnológicos e dos processos produtivos relacionando a teoria com a prática.
Como educador temos que considerar a importância dos saberes advindos das disciplinas científicas, uma vez que nosso modelo de sociedade está organizado fundamentalmente pelas referências dos conhecimentos científicos e tecnológicos.Negar o direito do educando a esses conhecimentos significaria, portanto, negar-lhe o direito à vida socialmente organizada. No entanto, em busca de melhorias no processo de ensino e aprendizagem, tem-se refletido sobre as dimensões da formação humana integral – a ciência, a cultura, o trabalho e a tecnologia – presentes nas Diretrizes como novas possibilidades educativas pedagógicas organizadas em quatro momentos de estudo que são:
1º) O que são as áreas de conhecimento e qual sua relação com o currículo;
2º) O ensino integrado: trabalho, ciência, tecnologia e cultura;
3º) Caminhos para a aproximação do conhecimento das diferentes áreas:
o trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico; 4º) O projeto curricular e a relação entre os sujeitos, além da relação destes com as práticas daquele.
A redução que a visão especializada dos conhecimentos impõe na formação humana, não se pode ignorar os efeitos da especialização sobre desenvolvimento das ciências, mas o que se quer mesmo focalizar é a importância de se obter pela integração dos conhecimentos (das especialidades) a visão da totalidade da realidade.
Assim, as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, tem como objetivo de proporcionar ao educando o direito de ter acesso ao conhecimento científico para poder participar de forma consciente e crítica na sociedade.
O século XX é marcado por uma especialização e diversificação dos campos das ciências, tendo maior definição em seus objetos de estudo e novos métodos de como abordá-los. O fato da grande parte desses assuntos serem a natureza permite que possa ser especificado e identificados sob algum enfoque específico, relacionando entre particularidade e totalidade, formando a unidade.
Transpondo o campo científico para as disciplinas escolares, porém quando a ciência permanece apenas como teoria, sem aliar a prática do educando, fica sem compreensão, fora da sua realidade. Por exemplo, as ciências humanas, que estudam os acontecimentos, problemas enfrentados pela humanidade, sem uma relação ou problemática, fica sem estrutura para a interação dinâmica da vida real. Portanto é imprescindível a associação entre o conhecimento e a dinâmica para o real estudado totalizando a compreensão por parte do aluno.
Expressar o potencial de aglutinação, integração e interlocução nos campos do saber promove o diálogo entre os componentes curriculares e seus professores, transformando a cultura escolar, a interdisciplinaridade torna-se mais do que um método, e sim uma necessidade. Não desnorteando a organização curricular, cada disciplina deve ser contemplada com suas devidas exigências, mas uma expressão de unidade composta por diversidade se articula e agrega comunicação a teoria e ao cotidiano escolar.
Os seres humanos apresentam transformações, resultado de uma ação cultural, bens que são consequentemente produzidos e reproduzidos. Portanto a ciência é a forma mais completa em que se realiza a adaptação do homem à realidade. Sobretudo devemos pensar a ciência como cultura, uma forma de conhecimento que incorpora diferentes áreas e que de diferentes formas nos informa sobre a produção histórica e social do mundo que vivemos.
A partir de todos os elementos apresentados, devemos integrar todos os elementos ao currículo, ciência e tecnologia, porém os conteúdos não podem compor esse currículo somente como teorias, conceitos e procedimentos abstratos, sem historicidade e sem sentido social. No ensino integrado os alunos devem compreender a construção dos novos conhecimentos, sua produção e como foram realizados durante todo o processo histórico e social. Tornando o conhecimento real, apropriado a realidade e desenvolvendo os potenciais humanos.
Professores Cursistas – Capanema - Pr
Alda Maria da Silva Della Rosa
Bárbara Gerusa Hermann
Carla Mariza Heck
Cleusa Piovesan
Dirceu Alchieri
Diva Celésia Gallas Mallmann
Iliani Hermann
Ivete Ronssoni Giacomelli
Jair Dilceu Weich
Katiane Beatriz Riediger
Lucilene Valoá de Souza
Marcos Antonio Gallas
Maria Rosa Kovaleski Piva
Neivor Kessler
Neusa Lisnei Gais
Rozimari Kempa Batistella
Salete Cavasini
Silvana Defendi Piva
Silvane Schuller
Zaida Teresinha Parabocz