Caderno 3

Atividade 3 do Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio
REFLEXÃO E AÇÃO
Formação Humana integral – integrada ou unitária
A formação humana é fundamental, seja em qualquer país, seja em qualquer situação, para todos os cidadãos. E no estado do Paraná, não é diferente, a proposta da educação é formar um educando critico e capaz de trilhar seu próprio caminho. Essa proposta possibilita ao educando a aquisição de conhecimentos e habilidades essenciais para o exercício da cidadania e inserção no mercado de trabalho. Para tanto, é necessário propor práticas de gestão e pedagógicas voltadas para esta formação para Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum, para a Criatividade, e para a diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais; e os Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do exercício da Criticidade e do respeito à Ordem Democrática, com um papel critico e consciente.
Entretanto o que e se vê e se vive na educação hoje não é somente isso, e nem principalmente isso. Segundo Tonet (2007) é função da educação propiciar ao individuo conhecimentos, habilidades e valores necessários para a formação do gênero humano. É evidente que a formação integral, sem o questionamento das raízes da desigualdade social, não tem como atender as necessidades humanas. É preciso que haja uma prática direcionada para a realidade do educando, para que esse possa ter acesso e permanecer mais tempo na escola para que tenha um desenvolvimento adequado. Por outro lado as condições em que se atua nas escolas por todo o Brasil desmotiva totalmente a categoria de educadores, são problemas de todas as ordens, ausência de equipamentos e materiais didáticos, falta de bons salários, ausência de bons profissionais, alunos desmotivados e principalmente desmotivados a aprender, e o “medo” sentido pelos educadores que enfrentam muitas dificuldades em lidar com alunos mal educados, com problemas de drogas e outros, aos quais a escola vem enfrentando. E aí  para finalizar nos perguntamos como fazer para chegar a Formação Humana em sua individualidade e sua integralidade do ser e pensar de cada individuo no mundo.

TONET, I. Educação contra o capital. Maceió: Edufal. 2007.
Exatamente assim vemos o nosso educado, como um sujeito em construção, que traz consigo uma vida, a vivência da vida já vivida e que necessita formar-se, de acordo com sua adequação idade-série de maneira contextualizada. Estes sujeitos necessitam ser valorizados de acordo com a diversidade de ideias de postura e posicionamento socioeducativo, econômico, ambiental e de gênero, e cabe ressaltar que o respeito às diferenças deve ser mutuo de educadores/professores com alunos e vice-versa.  A escola atua com princípios, dentre estes, o respeito e a alteridade, com o Projeto Político e Pedagógico da Escola e planejamento coletivo e individual das disciplinas, com ações teórico-práticas adequadas.
Fundamental que os envolvidos na educação, sejam, professores, pedagogos, serviços gerais, técnicos, pedagógicos ou gestores tenham conhecimentos básicos sobre as Legislações educacionais, sobre as normas e como conduzir a escola de maneira adequada, nos dias atuais, pois é necessário levantar o questionamento de como nossos educandos se posicionam diante ao contexto discutido em relação ao “tipo” de aluno que tínhamos a dez ou mais anos passados e que tipo de aluno temos em dias atuais.
A educação tem muitos fatores envoltos no desenvolvimento da escola que são permeadas desde a formação dos educadores/professores e técnicos pedagógicos os problemas com a ausência de equipamentos e estruturas escolares adequadas. Há também o aluno desinteressado, desmotivado por diversos problemas ambientais e socioeconômicos. Por outro lado, dentre estes alunos muitos outros são situados, antenados, bons leitores de áreas diferentes que compreendem e aprendem com o processo.
Conhecer e discutir os pressupostos teóricos das Diretrizes Curriculares Nacionais é fundamental e contínuo em nosso meio, ou seja, os educadores tem se reunido inclusive nos encontros do PACTO e trazido às realidades escolares e procurado a integração entre o contexto escolar.
A organização curricular por disciplina não é exatamente o sonho do professor, entretanto neste contexto em que em estamos inseridos a equipe pensa que as Diretrizes por “área de conhecimento” é fundamental, e que estas sejam coletivas entre todas as disciplinas de maneira integrada.
As contribuições para o desenvolvimento da autonomia intelectual dos alunos permeiam momentos em que professores e alunos passam por situações problema onde necessite desenvolver estratégias de maneira integrada para buscar resoluções, onde o aluno seja levado a ler e interpretar “enunciados” que lhe são postos e conseguir utiliza-los com autonomia crítica, intelectual e moral para o cotidiano, buscando o crescimento enquanto cidadão, para a vida, para o vestibular e outros desafios. Texto esse pensado por nós educadores da escola, e posteriormente verificou-se que Smole e Diniz (2001) retratam.
Quando o aluno cria seus próprios textos de problemas, ele precisa organizar tudo que sabe e elaborar o texto, dando-lhe sentido e estrutura adequados para que possa comunicar o que pretende (SMOLE; DINIZ, 2001, p.152).  Busca-se de maneira coletiva, por esta equipe, que o aluno desenvolva a capacidade de comunicar-se em várias linguagens, investigue situações, crie e resolva problemas através de hipóteses estratégias e procedimentos, tenha a condição de tomar decisões e que sejam “as mais acertadas”, e por fim aperfeiçoe os conhecimentos trazidos por si e adquiridos na escola, promovendo valores em sua vida.

SMOLE, Kátia Cristina Stocco. DINIZ, Maria Ignez. Na Vida Dez e na Escola Zero, Porto Alegre: Cortez, 1988.