Caderno 3

REFLEXÃO E AÇÃO
Temática do caderno 3-  Colégio Estadual  João Manoel Mondrone – Medianeira PR

Grupo:  Lenir de Moraes dos Santos, Neide de Oliveira,  Regina Remor Mazzurana, Stefânia Schier
 

1) Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência,
da tecnologia da cultura?”

       O currículo pode ser compreendido como a seleção dos conhecimentos e das práticas sociais historicamente acumulados, considerados relevantes em um dado contexto histórico e definidos tendo por base o projeto de sociedade e de formação humana que a ele se articula; se expressa por meio de uma proposta pedagógica definida coletivamente e na qual se explicitam as intenções de formação, bem como as práticas escolares as quais deseja realizar com vistas a dar materialidade a essa proposta (SILVA).
       Um conjunto ou bloco de conhecimentos ou matérias a serem  absorvidos pelo educando em um determinado período,  ciclo, nível ou modalidade de ensino, de um modo mais clássica. Atividades planejadas e organizadas com sequencia e metodologia apropriada.
        Dessa forma o  trabalho, a ciência, a cultura e tecnologia se instituem como um eixo a partir do qual se pode atribuir sentido a cada componente curricular e a partir do qual se pode conferir significado a cada conceito, a cada teoria, a cada ideia.
       Compreender a relação indissociável entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura, objetivo  central da organização curricular do ensino médio, significa compreender o trabalho como princípio educativo, posto ser por meio do trabalho que se pode compreender o processo histórico de produção científica e tecnológica, bem como o desenvolvimento e a apropriação social desses conhecimentos para a transformação das condições naturais da vida e ampliação das capacidades, das potencialidades  humanas.  A diversidade cultural permeia os espaços dentro dos conteúdos abordados nas diversas disciplinas.//////////////////////////////
,

2- Reconhecemos a complexidade das propostas das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Por essa razão, propomos que se reserve um tempo para a leitura e aprofundamento:
a) Ler e analisar as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (Parecer CNE/ CEB 05/2011 e Resolução CNE/CEB nº 02/2012 disponíveis em: <http://portal.mec.gov.br/index.
php?option=com_content&id=12992:diretrizes-para-a-educacao-basica)>;
b) Organizar uma roda de conversa com os professores da escola sobre as DCNEM.
c) Sistematização: quais as proposições que mais geraram debate? A que você atribui que         tenham sido essas as questões mais polêmicas?
d) Faça o registro dessa atividade e socialize com os demais professores.

Mesmo sendo um documento claro fica evidente que algumas proposições geram discussão entre os professores, pois há duplas interpretações quanto aos objetivos do Ensino Médio, entre elas:
I - criar mecanismos que garantam liberdade, autonomia e responsabilidade às unidades
escolares, fortalecendo sua capacidade de concepção, formulação e execução de suas propostas político-pedagógicas; 
II - promover, mediante a institucionalização de mecanismos de participação da comunidade, alternativas de organização institucional que possibilitem:
a) identidade própria das unidades escolares de adolescentes, jovens e adultos, respeitadas as suas condições e necessidades de espaço e tempo para a aprendizagem;
b) várias alternativas pedagógicas, incluindo ações, situações e tempos diversos, bem como diferentes espaços – intraescolares ou de outras unidades escolares e da comunidade para atividades educacionais e socioculturais favorecedoras de iniciativa, autonomia e protagonismo social dos estudantes;
c) articulações institucionais e comunitárias necessárias ao cumprimento dos planos dos sistemas de ensino e dos projetos políticos-pedagógicos das unidades escolares;
d) realização, inclusive pelos colegiados escolares e órgãos de representação estudantil, de ações fundamentadas nos direitos humanos e nos princípios éticos, de convivência e  participação democrática visando a construir unidades escolares e sociedade livres de preconceitos discriminações e das diversas formas de violência.
        Um dos maiores desafios da escola de um modo geral  ainda é trazer as famílias que fazem parte da comunidade escolar para a construção coletiva dessa escola, a elaboração de um trabalho que garanta a participação nas tomadas de decisões, nas condições dos processos de ensino/aprendizagem nos processos educacionais  ainda é a grande incógnita.
Isso talvez seja o reflexo de uma sociedade da qual estamos inseridos onde  a  escola pública é a mantenedora da classe trabalhadora onde diferentes etnias ou culturas precisam ter acesso ao conhecimento, pais que estão permanentemente com a preocupação maior na manutenção de outras  prioridades  para suas famílias e não da vida escolar de qualidade de seus filos. Mudanças são necessárias, estão evidentes, porem isso não se faz de um dia para outro. Além das questões como o número de disciplinas com o tempo disponível para cumpri-las, a distância entre o conteúdo das disciplinas apresentado aos jovens e a realidade da vida que eles levam. A escola continua ainda bem tradicional, divergindo muito da vida que leva o jovem  contemporâneo. A  integração entre currículo,   tecnologias,  educação mostra que ainda estamos longe de conseguir fazer essas relações produzirem bons frutos.
Incompatibilidade do Currículo com a duração da carga horária, que deveria ser muito maior do que 25 aulas. Essa carga horária não é suficiente para dar conta de todos conteúdos previstos para os 3 anos letivos do curso.

3- FINALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
– Propiciar o desenvolvimento físico, intelectual,social e emocional do educando, tendo em vista a construção de sua autonomia intelectual e moral;
– Possibilitar o desenvolvimento das capacidades de comunicação, por meio das diferentes linguagens e das formas de expressão individual e grupal;
– Incentivar o gosto pela aprendizagem, pela investigação, pelo conhecimento, pelo novo;
– Do aprimoramento do Exercitar o pensamento crítico, por meio raciocínio lógico, da criatividade, e da superação de desafios;
– Estimular o desenvolvimento psicomotor, as habilidades física, motora e as diferentes destrezas;
– Propiciar o domínio de conhecimentos científicos básicos, nas diferentes áreas,tais como: Matemática, Língua Portuguesa,História, Geografia, Biologia, Física, Química,Sociologia, Filosofia, Educação Artística e Educação Física;
– Favorecer a sociabilização, isto é, a produção da identidade e da diferenciação cultural, mediante a localização de si próprio como sujeito, da participação efetiva na sociedade e da localização espaço-temporal e sócio cultural. FONTE: SILVA, M. R. et al. Planejamento e trabalho coletivo. Coletânea Gestão da Escola Pública. Curitiba: UFPR, 2005.

Que relações você estabelece entre essas “finalidades” e o que é praticado nas escolas, considerando sua experiência como aluno e como professor?
Refletir: essas finalidades não são “disciplinares”, mas emergem da contribuição que cada disciplina, cada área, cada experiência vivida dentro e fora da escola oferece no processo formativo ao longo da vida. Em vista dessa consideração, escreva um texto no qual você evidencie as contribuições do que você ensina para o desenvolvimento da autonomia intelectual e moral de seus alunos.
Pode-se observar a presença de uma conexão que integra as finalidades as quais se propõe a educação básica e o que se observa no âmbito escolar, no entanto ainda faz-se necessário que se consiga superar as fragmentações ou rupturas que existem quando se observa que cada disciplina é fechada em si própria, não existindo entre elas o diálogo ou as relações tão importantes para formar o sujeito na sua plenitude ou totalidade.
  A escola sendo esse espaço o ideal ao conhecimento elaborado e historicamente construído, onde o confronto se faz importante e as parcerias se fazem necessárias. Como se sabe o conhecimento se faz permanente e de modo progressivo, crianças, adolescentes e jovens constroem e reconstroem seu conhecimento por meio de experiências cotidianas nas vivências práticas onde desenvolve o físico, o intelectual, o social e o emocional desses sujeitos em formação, tendo em vista a construção de sua autonomia intelectual e moral além de aprimorar o desenvolvimento do  pensamento crítico, do raciocínio lógico, da criatividade, e da superação de desafios, das linguagens entre outros, com o objetivo de  participar do mundo de modo como o concebe ou compreende, do modo como lhe é  possível ou ainda do modo a transformar a realidade em que vive.
Atividades práticas que realizamos em sala de aula: leitura, escrita, interpretação de textos, notícias de sites e jornais, atualidades gerais e culturais, debate sobre filmes, incentivando o gosto pela investigação e pesquisa.

4- Faça a leitura da proposta curricular da sua escola e do componente curricular em que você atua presente nessa proposta.
Organize uma roda de diálogo com os jovens alunos da escola e com seus colegas professores; – sobre o currículo da escola; sobre o currículo vivido por estes alunos; sobre o sentido do conhecimento escolar, das experiências vividas mediadas por esse conhecimento e sobre a necessidade de outros conhecimentos e abordagens; conduza de modo a fazer emergir propostas, sugestões de outros encaminhamentos para o currículo, para as disciplinas e para outros arranjos curriculares, considerando as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia. Sistematize as conclusões e socialize seus registros em redes virtuais interativas

         São vários os problemas que estão evidenciados na educação brasileira, tipos de  avaliações implantadas pelo governo  apresentam números que nos deixam abalados, percebemos os reflexos na sala de aula, o currículo se faz presente nesse rol de preocupações, porém, não o único problema evidenciado.  Através de pesquisas podemos observar que a quantidade de disciplinas e conteúdos desta etapa de ensino são considerado exagerados para apenas  três anos de ensino médio e pra a carga horária, sendo talvez necessário os quatro anos do ensino técnico.
        Estudos deixam clara a ideia da unificação de algumas disciplinas em  grandes áreas ou blocos do conhecimento,  poderia amenizar o problema de fragmentação de conteúdos para alguns teóricos, enquanto para outros, poderia causar uma  defasagem na relação ensino aprendizagem.
        No Ensino Médio se pode observar ainda uma lacuna nos pré-requisitos para a compreensão e a distância entre o conteúdo das disciplinas apresentado aos jovens e a realidade da vida real o que contribui para a falta de motivação dos estudantes. As metodologias de ensino também por mais que professores se esforcem, não conseguem estimular os estudantes.