Caderno 2 O jovem como sujeito da aprendizagem - Colégio Ayrton Senna da Silva - Toledo

Caderno 2 temática 2                                            

Reflexão e ação

O diálogo é fundamental, a percepção de que muitas vezes estigmatizamos nossos jovens da mesma forma que somos estigmatizados, o sistema cria uma manipulação enviesada que nos coloca num jogo conflituoso como se fossemos de classes oposta, quando na verdade estamos do mesmo lado. Ensina-se a crianças e jovens de que precisam respeitar e ouvir os adultos, porque, para o senso comum, estes teriam mais sabedoria, experiência e mesmo poder. Os jovens, por sua vez, costumam ser caracterizados como agitados, apressados, inexperientes ou até inconsequentes, e, assim, não saberiam o que seria melhor para eles ou para a sociedade. Essa concepção, que apenas valoriza um dos lados, retira dos jovens a chance de se desenvolverem adequadamente. Falta-lhes autonomia.

A escola moderna surgiu da necessidade social encontrada com a expansão comercial e industrial, que levou a burguesia a desenvolver uma educação formalizada como ferramenta para instrumentalizar o jovem para o trabalho.

Podemos fazer pesquisa de campo, com entrevistas estruturadas para encontrar e desenhar o perfil do nosso público, conhecer a realidade é fundamental para perceber as mudanças que vem ocorrendo principalmente na tecnologia.Sim, quando se estabelece esse canal de diálogo, é possível perceber e interagir de forma significativa para um relacionamento mais próximo, e que as percepções de ambos os lados se aproximem no sentido de aparar as arestas e os conflitos.

Na disciplina de Sociologia que leciono é comum mantermos diálogos e debates com os alunos e os assuntos discutidos muitas vezes fazem parte da reflexão aqui proposta, no início do ano fiz uma enquete com os alunos do 2º A, 2ºB e 3º A, sobre trabalho e profissões e pude perceber que vários deles já trabalhavam e tinham poucas perspectivas de continuar com os estudos após concluir o ensino médio, também podemos verificar o número de estudantes remanejados do período matutino para o noturno por questões ligadas ao trabalho, inclusive verificando nos livros diários de classe vários aparecem como desistentes ou ausentes.