Caderno 2

CADERNO 2
REFLEXÃO 1
O jovem não é visto como um interlocutor válido para tomada de decisões nas instituições, não é ouvido. Pela visão do aluno o professor pouco acrescenta a formação do mesmo; a escola é vista como necessária para aquisição de um diploma. O professor é o culpado pelas mazelas da educação, a origem da crise de qualidade e desempenho da escola diante do governo. Diante disto, os dois lados parece não saber muito bem qual o papel da escola atualmente.
O jovem deveria ter consciência da importância da escola, não só para prepará-lo para uma profissão; como para o melhoramento pessoal. Para tanto, faz-se necessário estabelecer estratégias para o reconhecimento mútuo da escola com o processo de construção social.
Como primeira ação seria o reconhecimento do papel da escola pela visão do aluno. A partir daí reconstruímos o conceito que o aluno tem do real papel da escola.
Promover interação social entre professores e alunos, proporcionando momentos de convívio entre ambos para que haja integração.

REFLEXÃO 2
Ser jovem é a escolha de transformar e digerir uma existência.
Alberto Melucci coloca que deva-se ter uma habilidade autorreflexiva dos atores sociais (são capazes de reconhecer).
• Atribuir os efeitos de suas ações a eles mesmos;
• Ligar ações aos efeitos;
• A identidade individual acontece quando eles se fazem existir.
A tarefa mais importante das instituições educacionais esta na contribuição ao jovem possa realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais e construir sua própria bagagem de valores.
Esses conhecimentos e valores não são mais impostos pela herança familiar. Muitos experimentam aquilo que conhecemos como perigo da sociedade.
A velocidade contemporânea tem consequências marcantes para construção biográficas individuais.
Os jovens do Ensino Médio nos trazem desafios para nosso ofício de educar
A difícil tarefa de compreensão dos sentidos.
• Autoridade
• Respeito
• Sociabilidade
• Produção de valores
• Conhecimentos
O conhecimento que temos sobre os jovens atrapalha em nossos relacionamentos perante eles (as).
O maior erro é usar nossa própria experiência para estabelecer quadros comparativos com os jovens de hoje.
Só os que sabem o que é ser jovem hoje são eles mesmos. Eles precisam ser percebidos como sujeitos que tenham direitos e cultura e não um simples objeto para a educação.
Sempre há aquele que se expressa por meio de sua cultura.
2.1
O acesso a rede por meio dos jovens e muito mais abrangente do que o uso dos adultos.
Para os jovens, os que não fazem parte da rede social ( Facebook) é considerado um estranho.
O dia que não acessam a rede se sentem inexistentes. Tudo hoje esta relacionado aos meios de comunicação digital. Hoje nascem na era digital (nativos digitais).
O grande problema dos jovens de hoje tem preguiça de pensar, pois na rede já esta tudo pronto. A escola esta perdendo para o campo do ciberespaço.
Devemos usar os meio tecnológicos ao nosso favor para atrair os jovens aos estudos mudando assim nossas práticas pedagógicas.
O nosso papel é mediar perante o uso das tecnologias, desde que tenhamos tal conhecimento.

REFLEXÃO 3
Além do “quem sou?” é comum os jovens indagarem “qual rumo devo dar a minha vida?”.
Objetivos, traçar metas é inerente ao ser humano e nos diferencia dos outros animais.
Nesta fase (da juventude) é onde tomam-se decisões que serão importantes para o resto da vida (vida/opção sexual/profissão/família/trabalho...) de forma não linear, sendo influenciada pelo ambiente social e experiências pessoais.
As escolhas também são objeto de aprendizagem (aprende-se a escolher). A grande questão é: os jovens estudantes estão tendo oportunidade de exercitar, de aprender a escolher no cotidiano escolar? Estamos estipulando a formação de jovens autônomos?
A escola deve auxiliar ao aluno em suas escolhas relacionando o passado/presente/futuro e um dos caminhos viáveis é o trabalhos com narrativas biográficas.
Devemos ter a consciência de que “não se pode projetar pelos outros”, ou seja, auxiliar em escolhas sem influencias diretamente.
3.2
Ressalta que nem todos vivem sua juventude como uma situação de trânsito e preparação para as responsabilidades da vida adulta. Entretanto para os jovens das classes populares, as responsabilidades da vida adulta, chegam enquanto estão experimentando a juventude.
Para os jovens das classes já mencionadas, o trabalho é concebido a partir das necessidades juvenis de formação, isto é, um desafio cotidiano, garantia da própria sobrevivência. Uma busca de gratificação imediata e um possível projeto de vida.
3.3
A escola deve organizar todo o seu PPP e seus projetos, bem como sua didática de acordo com a realidade do aluno, levando em consideração o território ao qual ele esta inserido. Pois p território é o próprio espaço vivido pelos ?????, e isso envolve conflito, interesse, convergências e relações de poder. E de acordo com essa realidade, os jovens são os maiores protagonistas dos movimentos populacionais.
Partindo dessa vivência no território, os alunos também Eva para a escola toda a sua vivência, e seu conhecimento empírico de acordo com o território no qual ele esta inserido.

REFLEXÃO 4
A escola, como uma instituição que zela pela formação intelectual e moral dos alunos, deve estar sintonizada com as mudanças da sociedade. Por quê? Porque a juventude é mais afetada por essas transformações, sendo a cada dia “bombardeados”por informações como nunca antes outras gerações haviam passado por semelhante situação.
O papel das instituições de ensino deve ser justamente o de estar continuamente educando e instruindo esse “jovem digital”, “antenado”, pois não adianta fechar os olhos aos indiscutíveis benefícios da tecnologia.