Ao ofertar um ensino que busque contemplar a formação humana integral do educando está-se querendo referir ao preparo do aluno para desenvolver a sua competência técnica e o compromisso ético, através de uma atuação profissional com vistas a atender as novas demais sociais, políticas e culturais da sociedade em que se vive, sob a ótica do igualitarismo, da democratização e da solidariedade humana.
Sob este ponto de vista, há que ser superada a ideia da divisão social do trabalho, entre o trabalho braçal e intelectual, ou seja, entre a execução e o planejamento, que quase sempre fica à cargo da classe dirigente do país. O ponto chave deste pensamento é ir além de uma educação dicotomizada para um ensino que dê condições mais do que suficientes ao professor e aluno de compreenderem o conhecimento abstrato na sua materialidade ou prática social. Portanto a formação do indivíduo deve ter como ponto de partida a sua própria realidade, a sua visão de mundo, suas percepções, seus interesses, sua forma de ser e estar no mundo para que, a partir daí possa compreender o que está falando a ciência, seja ela de que campo for. Para tanto, a escola deverá estar aparelhada de recursos científico-tecnológicos e os professores de sala de aula, bem como pedagogos e diretores deverão apostar numa formação que lhes dê respaldo para lidar com os enfrentamentos da nova sociedade e com as reais necessidades do educando desta sociedade.
O novo formato de ensino para a juventude atual deve ser completo, no sentido de formar cidadãos preparados para os enfrentamentos sócio-operacionais, para a ampliação e aprofundamento da leitura de mundo e para a atuação segura e plena no mundo , sem perder sua identidade e suas origens.
Parece ser importante lembrar ainda que a formação omnilateral requer esforços para desenvolver as potencialidades do educando através da educação que vislumbre as ciências e suas várias vertentes tecnológicas, humanas, políticas e estéticas com o objetivo principal de emancipação das pessoas.
Todo o processo de ensino e aprendizagem requer de ambas as partes (professores e alunos) compreender o conhecimento no contexto e na coletividade, com possibilidades inter e transdisciplinar para então, avançar para novas práticas sociais.
