Avaliações externas - Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley - Cascavel- Pr - Texto produzido coletivamente

        As políticas educacionais brasileiras durante muito tempo excluíram muitas pessoas da educação escolar. Foi apenas quando houve uma democratização do acesso à escola, que existiu também uma percepção de que não bastava apenas alcançar esse acesso, mas era preciso também garantir a aprendizagem dos alunos.

         As avaliações externas possuem como justificativas a necessidade de monitorar o funcionamento de redes de ensino, além de fornecer subsídios para seus gestores na formulação de políticas educacionais com dados melhor definidos em termos dos resultados, que por sua vez, decorrem da aprendizagem dos alunos.

        Como características dessas avaliações estão a definição de uma matriz de avaliação, emprego de provas padronizadas para que seja feita uma comparação baseada em resultados mais objetivos.

Entretanto, é preciso que esses resultados não sejam arquivados e utilizados apenas para classificação, comparação e consequentemente, “ranqueamento” das escolas.

        Mais que classificar é imprescindível que os dados coletados pelos testes possam ser utilizados para influenciarem no planejamento da escola, nas práticas de sala de aula e na formação dos educadores.

        Com vistas á aplicação dessas avaliações externas, precisa-se tomar o cuidado para não ensinar somente pensando nos resultados a serem alcançados, as médias a serem superadas, mas sim, mantendo os padrões estabelecidos pela instituição. As avaliações externas devem se tornar aliadas da gestão escolar e do processo educativo, passando a utilizar esses indicadores de desempenho como fatores para o conhecimento da realidade escolar, melhorias, metas e investimentos a serem traçados e aplicados. A avaliação institucional é outra aliada importante neste processo. Ela deve seguir alguns princípios como ser: democrática, participativa, integrativa, processual, qualitativa, legítima e transparente, no intuito de trazer os resultados e a partir destes, serem traçadas as mudanças, melhorias e metas  a serem alcançadas.

        É cada vez mais claro que as soluções para problemas complexos só aparecem quando múltiplos atores trabalham, unindo participação e eficiência. E o grande iniciador da discussão no âmbito da escola é a equipe gestora. Cabe a ela tomar a iniciativa de articular todos os interessados para, juntos, mobilizarem a comunidade para analisar os resultados das avaliações da aprendizagem, das avaliações institucionais e das avaliações externas. Sozinha, ela não é capaz de implantar a mudança, mas, com a participação coletiva poderá lançar o desafio para a transformação da realidade.