Avaliações Externas
AVALIAÇÕES EXTERNAS
Quanto à avaliação da aprendizagem temos como condição indispensável é que ela se caracterize pelo seu caráter educativo, isto é, que seja um processo de análise do percurso do aluno e do professor no sentido de identificar as dificuldades e potencialidades.
Diversos instrumentos podem ajudar a melhor desenvolver esse percurso, entre eles o PPP, o PPC e o plano de ensino, os quais uma vez elaborados com a ampla participação da comunidade escolar precisam ser revisados e reconstruídos frequentemente, sem abrir mão da coletividade.
Considerando que a avaliação escolar possibilita o retrato daquilo que se ensinou ou pretende ensinar, o docente deve através de diferentes instrumentos possibilitar que o discente demonstre o que aprendeu ou deixou de aprender. Dessa forma, traçando metas e caminhos para se atingir o conhecimento em sua totalidade.
Sendo assim, a avaliação tem um papel fundamental no que se refere à crítica para a transformação da escola incluindo seus currículos e programas tendo em vista a melhoria da qualidade. Em larga escala, os alunos são avaliados através da Saeb ( no Paraná) e da Prova Brasil ( nível federal) e essas avaliações tem ajudado as escolas na medida em que permitem que se elabore um diagnóstico sobre o sistema educacional brasileiro e através deste, torna-se possível implementar políticas públicas educacionais em âmbito municipal, estadual e nacional. Tais políticas educacionais que venham de encontro com as necessidades reais que influenciam no dia a dia da escola.Para isso e necessário que tanto as formas internas de avaliações como as externas tenha um espaço cada vez maior nas discussões de âmbito nacional quanto local .
No contexto escolar, não podemos deixar de mencionar que a avaliação deve ser aquela que se faz de forma processual, gradativa e diagnóstica, sendo um instrumento que auxilia na identificação de possíveis dificuldades, para que estas possam ser trabalhadas e recuperadas, bem como, de potencialidades que venham a ser desenvolvidas e aperfeiçoadas.
A avaliação é de suma importância para discentes e docentes. Através dos seus resultados podemos melhorar nosso trabalho em relação aos conteúdos , metodologias e promover conscientização em relação aos estudantes. Desse modo melhoramos nossa qualidade de ensino, bem como a aprendizagem, pois podemos fazer um parâmetro das possíveis dificuldades de nossos alunos e traçar metas para solucioná-las.Assim; a avaliação é um processo que faz parte do conhecimento, e uma forma de o educador ter um diagnostico da turma e desenvolver novas metodologias para que o educando atinja o objetivo de um conhecimento integral para a formação humana.
Atualmente na escola pública a avaliação se configura em três dimensões: avaliação da aprendizagem, avaliação institucional e avaliação externa. Estes três sistemas de avaliação são interdependentes e contribuem para um diagnóstico dos processos de ensino e aprendizagem. Estas três dimensões colaboram para que a escola possa avaliar a sua prática pedagógico, bem como planejar e implementar ações para a melhoria da qualidade da educação.
Assim, é fundamental que se estabeleçam critérios e objetivos claros no ato de avaliar, articulando dois polos indissociáveis da avaliação: o diagnóstico e a tomada de decisão.
Além disso, conforme aponta LUCKESI (2005, p. 94):
O atual processo de aferir a aprendizagem escolar, sob a forma de verificação, além de não obter as mais significativas consequências para a melhoria do ensino e da aprendizagem, ainda impõe aos educandos consequências negativas, como a de viver sob a égide do medo, pela ameaça de reprovação [...] O momento de aferição do aproveitamento escolar não é ponto definitivo de chegada, mas um momento de parar para observar se a caminhada está ocorrendo com a qualidade que deveria ter. [...] A avaliação, ao contrário, manifesta-se como um ato dinâmico que qualifica e subsidia o reencaminhamento da ação, possibilitando consequências no sentido da construção dos resultados que se deseja.
Diante disso, para que a avaliação adquira um novo sentido, faz-se necessária ações coletivas dos professores, com intencionalidade de rever a sua prática pedagógica, assim como estabelecer critérios e objetivos bem definidos para a análise da sociedade, da escola e do processo ensino-aprendizagem (CASCAVEL, 2008, p. 48).
A avaliação só tem função social quando está intimamente vinculada a um projeto de vida para os homens. Educa-se, ensina-se, para a sociedade que se deseja ver transformada (ou não). Se não existe projeto de vida para os homens obterem o que ainda não foi alcançado, não há necessidade social de avaliação a não ser a de preencher com notas os boletins curriculares individuais (PARANÁ, 1990, p. 29).
Com relação ao ensino médio, as práticas avaliativas desenvolvidas na escola tomam em si os conhecimentos de mundo que o aluno traz para a escola, mas também buscam uma aproximação com os conteúdos científicos. São propostos metodologias variadas nos processos de avaliação, das quais podem ser destacados: seminários, avaliações orais, simulados, provas escritas, sínteses, produções textuais, produções de mídias, dramatizações, etc.
Neste sentido, observa-se que o aluno contemporâneo é muito dinâmico em seu processo de aprendizagem e que a manifestação deste aprendizagem necessita ser bastante dinâmica também. Assim como cada aluno é singular na apropriação dos conhecimentos, ele também o é na manifestação de sua aprendizagem. Ao proporcionar meios diversos para avaliar a aprendizagem, o professor democratiza os processos de ensino e de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
CASCAVEL. Secretaria Municipal de Educação. Currículo para a rede pública municipal de ensino de Cascavel. Volume II: Ensino Fundamental – anos iniciais. Cascavel: Ed. Progressiva, 2008.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 17ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo para a rede pública estadual de educação. Curitiba: SEED, 1990.
PPP do Colégio Estadual Mário Quintana. Secretaria de Estado da Educação. Cascavel: 2012.
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