A avaliação da aprendizagem é de caráter educativo, viabilizando especialmente ao estudante a condição de analisar seu percurso e ao professor e à escola identificar dificuldades e potencialidades individuais e coletivas. Numa sociedade como a nossa permeada por valores privados, de sucesso individual e de competitividade, os instrumentos de medição de aprendizagem reforçam uma cultura de avaliação que visa a mais premiar do que punir, intensificar processos de individualização e competição, favorecendo a lógica da responsabilização individual, tanto da competência quanto da empregabilidade, dificultando a organização dos agentes da escola. Porém, em termos educacionais, a avaliação é uma prática social carregada de valores, extremamente complexa. É integrada à proposta político-pedagógica do nível que se aplica, no caso, o ensino médio, e coerente com a concepção de formação que propomos aos nossos jovens na etapa da educação em discussão, alinhada com os objetivos de uma formação integral. Ela está definida como um julgamento de algo, mais precisamente da aprendizagem, sendo esta, usualmente, relacionada ao processo que resulta na produção de uma síntese avaliativa para cada aluno, seja por meio de notas, expressas em números, seja por meio de conceitos, expressos em letras ou expressões, ou, ainda, de descrições sobre a situação de aprendizagem de cada aluno. É possível que a avaliação seja uma inclusão, do diálogo, da construção da autonomia e da responsabilidade com o coletivo, tendo assim uma proposta democrática, inclusiva que possibilita a aprendizagem por parte dos estudantes.
Fonte:
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do Ensino Médio, Etapa I - caderno VI: Avaliação no Ensino Médio/Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2013