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Colégio Estadual Lindoeste Ensino Fundamental e Médio
24/11/2014
Professora: Ivone Tosatti
Formação de Professores do Ensino Médio
- Caderno 6
Tradicionalmente, os resultados da avaliação da aprendizagem são utilizados para decidir, ao final do período letivo, sobre a progressão de cada aluno.
Assim, ressaltando polêmicas do campo da avaliação, encontramos aqueles que apontaram várias ressalvas a essas práticas avaliativas que, por sua vez, foram associadas a um padrão de escola organizada, centralmente, para escolher ou identificar os “melhores” alunos. Em decorrência, foram formuladas e desenvolvidas, como alternativas, as atividades de avaliação formativa, isto é, a avaliação que deve, antes de qualquer coisa, orientar o professor no sentido da revisão de seu programa de ensino e na investigação das causas dos resultados encontrados, para que, então, sejam adotadas medidas que permitam um processo escolar voltado para a inclusão e o sucesso de todos.
Um impacto dessa posição se expressou nas políticas de progressão continuada ou deorganização da escola em ciclos, principalmente no ensino fundamental, etapa marcada por ele-
vadas taxas de reprovação, abandono e evasão, taxas que se supõe serem afetadas intensamente pela avaliação desencadeada no interior da escola. Entretanto, surgem contestações a essas iniciativas, especialmente no seio do professorado, por considerá-las um fator de desmotivação dos alunos e de queda na qualidade da escola com, consequentemente, sua desvalorização, acirrando-se, desse modo, os debates em torno da temática da avaliação e gerando verdadeiros impasses.
A necessidade de encarar a avaliação vinculando-a ao desafio da aprendizagem deriva do esforço de desvinculá-la dos mecanismos de aprovação ou reprovação e, mais importante, destaca outra finalidade da avaliação educacional, em que se concentra sua verdadeira dimensão política; pois, numa escola que se pretenda democrática e inclusiva, as práticas avaliativas deveriam se pautar por garantir que, no limite, todos aprendam tudo, ainda mais quando nos reportamos ao ensino fundamental e ao ensino médio, etapas obrigatórias por força da lei ou por pressões sociais. Essa obrigatoriedade é assim fixada, entre várias razões, para que ninguém seja dado o direito de se excluir de conhecimentos considerados indispensáveis para o aproveitamento de outros direitos, e como condição para uma vida mais autônoma.