Avaliação do Ensino Médio - Caderno VI
A entrada na escola significa para o adolescente uma fresta para a coexistência e para a coletividade. O tempo que vai dos três anos a primeira juventude é um tempo principal na vida do ser humano. Cada comunidade, cada cultura, cada estrutura social, política ou econômica, gera um tipo de escola e mantém um determinado conceito de ensinamento.
A escola pode significar abertura à curiosidade pelo mundo exterior, abertura à imaginação e à criatividade, mas também pode limitar-se a um espaço físico onde se aprisiona o aluno obrigando-o a acumular conhecimentos, pode ser fonte de alegria ou caminho para pesadelos, pode ser um paraíso de felicidade ou um inferno de sofrimentos. O educador, definitivamente, tem de instruir a viver; tem de preparar para a vida. Para fazer o trabalho educativo transmissor de valores vivenciados no método educativo, necessita entrarem em uma escola de cabeceira, que lhe autorize ampliar a competência dos alunos, encontrarem as suas potencialidades, ajudá-los a aceitar suas limitações e a ultrapassar os problemas.
Os educadores de hoje muitas vezes têm medo de impor valores. No entanto, os valores morais não são opiniões pessoais, essa é a lição que os educadores podem fornecer aos alunos, junto com o acordo da importância das decisões pessoais no campo da vida pública ou privada. Os preços são entendidos como realidade significativa, ou como aquilo que permite dar definição à experiência humana, tem influência na educação porque dão a possibilidade de que a filantropia desenvolva em perfeição.
Os valores têm, também, uma extensão intersubjetiva, ou seja, comunitária. Definitivamente, não são como os gostos ou emoções pessoais, que variam de pessoa para pessoa, mas possuem uma habilidade de coerência, de unir perspicácia e vontades; de ser, portando, manancial de visão do costume.
É o modo de agir do professor na sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos. O modo de agir do professor em sala de aula fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade.
O educador e o educando estão sujeito basicamente, do ambiente formado pelo educador, da afinidade empática com seus alunos, de sua competência de ouvir, pensar e debater no nível de entendimento dos alunos e da criação das pontes entre a sua experiência e a deles. Recomenda, também, que o professor, educador da era industrial com raras advertências, buscou educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo das crianças e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e consciente de seus encargos sociais.
Existe uma ansiedade com ensino de qualidade mais do que com educação de qualidade. Ensino e educação são reconhecimentos diferentes. No ensinamento organiza-se uma série de atividades didáticas para ajudar os educandos a abranger as áreas do conhecimento. No ensino o ponto para onde convergem, além de instruir, é ajudar a agregar ensino e vida, informação e ética, meditação e ação, a ter uma visão do contexto. Aperfeiçoar é ajudar a unificar todos os comprimentos da vida, a descobrir nossa abertura emocional, profissional, que nos realize e que coopere para transformar a sociedade que possuímos.
Ensinar é contribuir para que educadores e alunos nas escolas se organizem e modifiquem suas vidas em procedimentos estáveis de aprendizagem. É amparar os educando na construção da sua identificação, de seu andamento particular e profissional do seu projeto de vida, no desenvolvimento das agilidades de abrangência, sentimento e transmissão que lhes permitam encontrar seus ambientes pessoais, sociais e profissionais e tornarem-se cidadãos realizados e bem-sucedidos.
As primeiras reações que o bom professor/educador desperta no aluno são confiança, credibilidade, admiração e entusiasmo. Isso facilita extraordinariamente o processo de ensino-aprendizagem. É formidável sermos professores/educadores com um amadurecimento intelectual, emocional e comunicacional que promova todo o processo de organização da aprendizagem. Pessoas abertas, afetuosas, humanas, que estimem mais a busca que o resultado pronto, o estímulo que a censura, a ajuda que a crítica, capazes de colocar formas populares de pesquisa e de comunicação, que aumentem formas de comunicação verdadeiras, abertas e confiantes.
A formação do aluno requer um conjunto de ações que apenas um docente não pode realizar; portando o processo de ensino – aprendizagem não se alimenta exclusivamente da contribuição individualizada de cada conteúdo ou professor isoladamente; pelo contrário, além dessas contribuições individuais, há aquelas provenientes do trabalho conjunto de todos os docentes e destes com os demais profissionais da educação lotados na escola.
Constata-se que é trabalho principal tanto dos pais, como também da escola é o trabalho de modificar a criança imatura e ingênua em cidadão amadurecido e participativo, influente, consciencioso de seus deveres e direitos, com probabilidades e pertinências. E que este ser em desenvolvimento seja em tempo futuro um homem consciente, crítico e autônomo expandindo valores éticos, espírito arrojado capaz de interactuar no meio em que habita.
Nessa esperança, família e escola devem lucrar, ao máximo, as probabilidades de aperto de afinidades, porque as acomodações entre ambos e a união de coragem para a instrução dos pequenos e adolescentes devem redundar, sem dúvida nenhuma, em ambiente de aprendizagem e de desenvolvimento dos homens.
Desse jeito, sugere-se que a escola sinta-se provocada a repensar a prática pedagógica, analisando que os estudantes são crianças/adolescentes que descrevem características singulares e que se faz necessário manter um trabalho em sociedade com as famílias, pois, se a escola deseja ter uma visão total dos conhecimentos vividos pelos alunos, buscando desenvolver o prazer pelo conhecimento, é indispensável reconhecer que deve exercer o bem-estar, conglomerando os diversos calibres do ser afetuoso.
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