NÚCLEO REGIONAL DE CASCAVEL - CEEBJA WILSON ANTONIO NEDUZIAK
CURSISTA: LIDIA KOLBENIK PRIMA
A avaliação no contexto escolar atualmente muito se tem discutido e nós quanto professores procuramos buscar meios para superar está prática pedagógica que tem sido um dos aspectos mais problemáticos. A avaliação é muito complexa, uma prática social ampla que não tem sido muito clara que na qual ainda em muitas práticas pedagógicas resume-se na atribuição de notas, visando a promoção ou reprovação do aluno. A finalidade da avaliação é um aspecto crucial, nem sempre o professor tem definido os objetivos que quer alcançar com seus alunos, nesse sentido, a avaliação muitas vezes tem sido utilizada mais como instrumento de poder nas mãos do professor. Na realidade muitos de nós professores fazemos uso da avaliação, cobrando conteúdos aprendidos de forma mecânica, sem muito significado para o aluno , segundo Hoffmann (1993) enfatiza que geralmente os professores se utilizam da avaliação para verificar o rendimento dos alunos, classificando-os como bons, ruins, aprovados e reprovados. Quanto professor, precisamos estar cientes que a avaliação tem função diagnóstica, ao contrário da classificatória, constitui-se num momento dialético do processo de avançar no desenvolvimento da ação e do crescimento da autonomia, segundo Luckesi (1996). Temos que ver nosso aluno como um ser social e político, construtor do seu próprio conhecimento e nós sendo o “ mediador” entre o aluno e o conhecimento, proporcionando-lhe os conhecimentos sistematizados, sendo o ato de avaliar não um momento final do processo em que se verifica se o aluno alcançou, não uniformizar o conhecimento do aluno, porém, criar condições de aprendizagem que permitam a ele, qualquer seja seu nível, evoluir na construção de seu conhecimento. Na minha escola sendo alunos em privação de liberdade a avaliação tem um significado muito profundo, momento de reflexão sobre a própria prática. Através dela, direcionamos o trabalho privilegiando o aluno como um todo, como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidor de experiências oportunizando-os com conhecimentos historicamente acumulados pelos mesmos. Nesse sentido devemos ter um conhecimento mais aprofundado da realidade na qual atuamos para que o nosso trabalho seja dinâmico, criativo e inovador. Tomando cuidado para não excluir o aluno do processo de ensino-aprendizagem, mas incluindo como um ser crítico, ativo, melhorado na auto-estima, respeito à vivência, cultura, sentimentos e posicionamento político no processo das mudanças da humanidade.
Como foi dito, a avaliação não é um processo apenas técnico, é um procedimento que inclui opções, escolhas, ideologias, crenças, percepções, posições políticas, vieses e representações, que informam os critérios através dos quais será julgada uma realidade. Portanto a avaliação deve basear-se em critérios que visem o crescimento pessoal dos alunos, no que diz respeito as suas atitudes, liderança, conscientização crítica e cidadã.