Colégio Estadual Vereador Osny David Fraga – Ensino Médio
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio
Professor Orientador: Orientador: Cássio Adriano Lombardo
LIMA, Mônica Corrêa
ROSA, Eliane Gomes
SIMÃO, Kamila de Mattos
AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM: INSTRUMENTO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
A avaliação constitui-se num instrumento que integra o processo ensino-aprendizagem e sua aplicação deve resultar num redimensionamento de objetivos e estratégias. Sem dúvidas este é “mecanismo” essencial para guiar a prática do docente. É através dela que não apenas são atribuídos conceitos ou notas, mas verificam-se dificuldades ou potencialidades, que deverão ser exploradas e consideradas durante todo o processo de ensino-aprendizagem, visando sempre a melhora na vivência escolar do educando. Mais do que estabelecer notas quantitativas, de classificar o aluno como “Aprovado” ou “Reprovado” para a série seguinte, o grande desafio é fazer com que a avaliação se torne um instrumento de diagnóstico do aprendizado e dos métodos do professor e do aluno.
Segundo Amaral (2011) nós não podemos falar de “qualidade”, mas sim de “qualidades”, ou seja, não existe uma qualidade absoluta, pois a qualidade depende dos interesses de quem participa da discussão. Exemplo: qualidade e eficiência; qualidade social; etc..
Considerando os parâmetros estabelecidos pela Diretrizes Curriculares, a avaliação deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem e serve como parâmetro tanto para a prática pedagógica do professor como dos avanços, dificuldades e possibilidades dos alunos.
Essa é a perspectiva adotada na prática pedagógica dos professores do Colégio Estadual Vereador Osny David Fraga, em Morretes, Paraná. É muito frequente, a cada simples encontro de professores ou durante as hora-atividades e reuniões pedagógicas, a revisão e compartilhamento das formas de avaliação utilizadas. Esse diálogo contribui para que cada professor apresente a sua visão sobre o desempenho dos alunos em suas práticas avaliativas a assim, possam ser compartilhadas as melhores experiências com cada aluno.
O que é sempre ressaltado é que cada aluno, ou grupo de alunos possui formas diferenciadas ou momentos distintos para apreender os conteúdos, portanto, as formas de avaliação não podem ser “engessadas” ou “fixas”. Deve-se, na medida do possível, adaptá-las para que cada aluno possa ser melhor atingido.
A avaliação torna-se consistente quando considera a capacidade de observar e interpretar situações dadas, realizar e estabelecer relações, proceder a registros e criar novas soluções através das mais diversas linguagens. Para que estes objetivos sejam atingidos é constante a preocupação dos professores em perceber o melhor método para que o aluno possa evidenciar seu conhecimento.
É através da ação reflexiva no momento da avaliação que o professor e aluno refazem seus conceitos, buscam outros caminhos que lhes permitam se auto avaliar e a partir daí buscar alternativas para minimizar suas dificuldades. Nessa perspectiva, entende-se que a avaliação é de suma importância, não só para os alunos, mas também para o professor, que deve ter a percepção de suas metodologias.
Nos dias de hoje, a avaliação da aprendizagem não pode ser vista como um instrumento meramente técnico. Envolve autoestima, respeito à vivência e cultura própria do indivíduo, filosofia de vida, sentimentos e posicionamento político. É obvio que essas dimensões talvez não sejam perceptíveis a todos os professores, mas deve ser um ideal ao qual se deve buscar constantemente. O educador que faz uso de instrumentos de avaliação diversos para, ao longo de um período, acompanhar o ensino-aprendizagem, é diferente daquele que se restringe a dar uma prova ao final do período.
Segundo Canen (2001), Gandin (1995) e Luckesi (1996), a avaliação é um julgamento sobre uma realidade concreta ou sobre uma prática, à luz de critérios claros, estabelecidos prévia ou concomitantemente, para tomada de decisão. Desse modo, três elementos se fazem presentes no ato de avaliar: a realidade ou prática julgada, os padrões de referência, que dão origem aos critérios de julgamento, e o juízo de valor.
Através desses elementos, verifica-se que a avaliação não é um processo apenas técnico. O educador deve refletir acerca de algumas questões como: Quem será avaliado? Como será avaliado? Para quê será avaliado? Quais os aspectos da realidade que devem ser julgados? Deve-se partir de que critérios? Esses critérios se baseiam em quê? A partir dos resultados do julgamento, quais são os tipos de decisões tomadas?
A avaliação deverá ser utilizada como forma de revelar o conhecimento, nas mais distintas formas, seja nos trabalhos em grupo, nas pesquisas, nos paralelos feitos entre o que se aprendeu nas múltiplas disciplinas e a realidade do aluno, tornando-o assim capaz de dialogar com novos contextos, posicionando-se criticamente diante deles.
Vale dizer que a avaliação permeia todo o processo ensino-aprendizagem e é a atividade pedagógica que melhor revela, fortalece e incentiva a produtividade científica de professores e alunos.
Para que a avaliação não se torne um processo de exclusão, é preciso, que professores e equipe pedagógica estejam sempre atentos ao desempenho dos alunos e, sempre que necessário, reformulem suas metodologias.
Referências:
AMARAL, N.C. Os desafios do financiamento da educação básica: PNE 2011-2020. Mimeo, 2011; Disponível em: http://www.observatoriodaeducacao.org.br;
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Acessado em 04 de dezembro de 2014. Disponível em: http://portal.mec.gov.br.