Avaliação

CADERNO VI – Reflexão e Ação 1.

A partir de sua formação — inicial e continuada — e de sua experiência Docente, discuta e reflita com colegas de outra área distinta as questões abaixo (sugerimos pequenos grupos de 3 professores de áreas bastante distintas, por exemplo, Educação Física, Matemática e Sociologia):

*Quais têm sido os maiores desafios no campo da avaliação educacional? 
Embora se fala sobre a educação por áreas de conhecimento, a avaliação é realizada por disciplina, e os resultados deixam de contemplar os avanços obtidos pelo aluno de maneira geral, no conjunto do seu aprendizado.
Os resultados das avaliações servem, de forma generalizada, para determinar se no final do período o aluno vai ser aprovado ou reprovado. A avaliação e seus resultados passam a ser a maior preocupação dos alunos, e no caso de alguns professores também, tornando-se o foco principal “atingir a média” ou “passar de ano”. O objetivo inicial da educação, de aprendizado, de aquisição de conhecimentos torna-se detalhe irrelevante para a maioria dos casos.
Esquecemos o sentido da escola e da educação, o aprendizado fica em segundo plano, e tudo se volta para os valores, as notas, os dados estatísticos, os índices de aprovação e reprovação de alunos, pressionando alunos e professores, como se todos tivessem que cumprir metas.
Os alunos preocupam-se em atingir a média para “passar de ano”. Assim, simplesmente “passam” pela escola e deixam de aproveitar as oportunidades de aprender. Alguns alunos depois que atingem as notas suficientes para “passar de ano” abrem mão de realizar tarefas e prestar atenção as aulas porque “não precisam mais de nota”.
E quanto ao aprendizado?
A média estabelecida nas instituições escolares faz com que a maioria dos alunos pense em estudar apenas para tirar 6,0. A média torna-se a meta. Enquanto o 10,0 (cem) é alvo que poucos almejam. A definição de média nos fornece uma classe de alunos medianos, alguns precisam se esforçar para adquiri-la, enquanto outros se acomodam porque tem facilidade e não se preparam para o melhor.

*Qual sua concepção de avaliação e como ela se constituiu na sua trajetória docente?

A avaliação é um instrumento na prática educacional que permite verificar se os procedimentos alternativos são igualmente eficazes na consecução de uma série de objetivos educacionais.
Antes, a avaliação tinha caráter seletivo, era vista com forma de classificar e promover o aluno de uma série para outra. Atualmente, é um meio de diagnosticar e verificar em que medida os objetivos de aprendizagem estão sendo atingidos.
Ao avaliar o rendimento escolar, o professor deve utilizar técnicas diversas e instrumentos variados, pois, quanto maior for à amostragem, mais perfeita será a avaliação. Avaliar é criar a base do modo de como incluí-lo dentro do círculo da aprendizagem. Diagnosticar permite direcionar aquilo que está precisando de ajuda, respeitando os diversos níveis de aprendizagens.
No contexto escolar, o professor deve constantemente repensar sua prática na sala de aula, não é algo pronto e acabado, suscita em discussões, um constante recriar. O aluno, quando bem orientado, sabe dizer quais seus pontos fortes, o que aprendeu e em que precisa melhorar.
“A avaliação é uma ferramenta da qual o ser humano não se livra. Ela faz parte do seu modo de agir e, por isso, é necessário que seja usada da melhor forma possível.” (Luckesi, 2006).

Referências bibliográficas:
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 18º ed. – São Paulo: Cortez, 2006.

HAYDT, Regina Celia Cazaux. Avaliação Processo Ensino-Aprendizagem. São Paulo, Editora Ática,1997.

Grupo de professores do Colégio Victório – Cascavel-PR

Luciane Link
Margarete Steffanello
Valesca Fôlha de Souza
Marlene Alves dos Santos Frederick
Rodrigo José Lopes
Márcia Ivoni Pitarelli
Daisy de Fátima Fernandes