AVALIAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL ROCHA POMBO – EFM
PACTO DE FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO

ETAPA I – CADERNO VI

Orientadora: Prof. Flavia Luiza Gonçalves Nunes
Professores cursistas: Arailde da Costa Eleuterio, Bernadete Gaspar de Abreu, Célio Antonio Castellani, Neide Gomes Ciofffi, Mario Pereira Filho, Sônia Mara Pereira da Cruz.

Reflexão e Ação 2

Avaliação de aprendizagem

Partimos da idéia que a avaliação é um processo amplo da aprendizagem, indissolúvel do todo, que envolve responsabilidade do professor e do aluno.
O processo avaliativo que ocorre em nossa escola decorre dos conteúdos trabalhados em sala de aula, em conformidade com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, observando em cada disciplina as orientações para o desempenho do professor ao avaliar seus alunos, considerando ainda que a mesma deve acontecer de forma processual, através de instrumentos com critérios previamente estabelecidos.
Em conformidade com a Deliberação 07/99 – CEE – PR art. 3º, § 3.º - É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de aferição, o número de instrumentos avaliativos vão de acordo com o processo de ensino e aprendizagem, não cristalizado e nem engessado, como se diz popularmente. O professor define com seus alunos os instrumentos e a quantidade deles, bem como os valores que irão representá-los.
Tais instrumentos são organizados de forma oral, escrita e também de  textos diversos como: desenhos, pinturas, representações teatrias, debates, seminários de apresentações de pesquisas bibiográficas e de campos, entre outras.
Transformar a prática avaliativa significa questionar a educação desde as suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocráticas. Significa mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, das funções dos docentes, entre outros.
Propõe-se uma reestruturação interna na escola quanto à sua forma de avaliação. Necessita-se, sobretudo, de uma avaliação contínua, formativa e emancipatória, na perspectiva do desenvolvimento integral do aluno. O importante é estabelecer um diagnóstico correto para cada aluno e identificar as possíveis causas de seus fracassos e/ou dificuldades visando uma maior qualificação e não somente uma quantificação na aprendizagem.
A avaliação é processual e formativa para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem, oportunizando ao professor conhecer melhor o aluno. De outro modo, ela é contínua para ajudar o aluno durante o processo de ensino e final para julgar globalmente o resultado do processo como um todo, em função dos objetivos previstos e conduzi-los de acordo com os resultados apresentados.
A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar o aluno. Fundamenta-se no processo de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e sociais, fundamenta-se em aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quando for preciso para que continue a aprender.
Trabalhamos com a avaliação, na perspectiva emancipatória, voltada para a construção do sucesso escolar e inclusão como princípio e compromisso social.
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção de avaliação contínua e formativa que discutimos na primeira parte deste texto.
Se a avaliação contínua e formativa visa à aprendizagem, a formação do aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.
Os modelos de atividade criadas pelos Grupos de Estudos para alimentar o banco de atividades avaliativas no Portal Dia a dia Educação são os seguintes:
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção de avaliação contínua e formativa que discutimos na primeira parte deste texto.
Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.
Os modelos de atividade criadas pelos Grupos de Estudos para alimentar o banco de atividades avaliativas no Portal Dia a dia Educação são os seguintes:

1. ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS

A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o professor verifique a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, o professor deve considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação.
Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com  a reflexão e a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento. 
Neste contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina.
Ao avaliar a leitura dos alunos o professor deve considerar se: Houve compreensão das ideias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;  o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma adequada; foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
Observação importante: Na inclusão desta atividade no Portal, o grupo deverá apresentar as questões que serão feitas para avaliar a compreensão do texto pelo aluno.

2. PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente que se dê para ele o título da pesquisa.
O projeto de pesquisa bibliográfica demanda do professor o papel de orientador. Isso requer que o professor conheça o acervo da Biblioteca Escolar, tanto os livros quanto periódicos ou outros materiais, para poder fazer indicações de leituras para os alunos. Além da Biblioteca Escolar, o professor pode e deve indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que o aluno tenha subsídios de qualidade  para fundamentar a produção de seu texto.
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno.
Passos para uma consulta bibliográfica:
1.Contextualização - Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço / temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema.
2. Problema - Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o problema.
3. Justificativa - Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e professores encontram-se inseridos.
4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica - É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

3. PRODUÇÃO DE TEXTO

As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de linguagem que se concretizam nas atividades humanas. O texto de Física, de História, de Matemática, ou de quaisquer das disciplinas são construídos, assim, na esfera de um agir/interagir humano e, por isso mesmo, coletivo, social.  Além disso, qualquer texto produzido é sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico.
É preciso considerar, então, as circunstâncias de produção dos textos que são solicitados ao aluno para que ele possa assumir-se como locutor e, desta forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES, 2003, pp.62-63). Há diversos gêneros, nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem e devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a prática de escrita numa abrangência maior de esferas de atividade.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas: planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção; escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;   revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida.
Critérios de avaliação: Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.); Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão); Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção,  dando-lhe  diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; Elaborar argumentos consistentes; Produzir textos respeitando o tema; Estabelecer relações entre as partes do texto; Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

4. PALESTRA/APRESENTAÇÃO ORAL

A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e exposição das idéias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação Básica que pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de um conteúdo).
Os critérios de avaliação inerentes a essa atividade são:
1 Conhecimento do conteúdo; Argumentos selecionados; Adequação da linguagem; Seqüência lógica e clareza na apresentação; Produção e uso de recursos.
5. ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo.
As atividades experimentais levam em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição. Não se deve, portanto, antecipar para o aluno os resultados ou os próprios caminhos da observação, uma vez que,  na construção do conhecimento, o processo que ocorre é tão importante quanto o produto.
É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele conhecimento com o qual os alunos estão envolvidos, entendendo que esta significação está diretamente relacionada a uma discussão teórica consistente, muito mais do que com a sofisticação dos equipamentos.
A atividade experimental possibilita que se avalie o estudante quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construída ou já construída, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. Ressalte-se que o uso adequado e conveniente dos materiais, só poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas. Não se vai conseguir uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas atividades forem apenas eventuais.
A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para que o aluno compreenda o que vai fazer, que recursos vai utilizar. O registro das hipóteses e dos passos seguidos no procedimento são importantes para que professor e aluno avaliem a atividade.

6. PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO
 
O trabalho de campo é um método capaz de auxiliar o professor na busca de novas alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a construção de conhecimentos e para a formação dos alunos como agentes sociais. Silva (2002, p. 61) descreve o trabalho de campo como: a revelação de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação investigativa proporciona, paralelamente à interpretação, à análise reflexiva e crítica que possibilita a formulação de noções ou conceitos; [...] a realização das ações, notadamente no trabalho docente, insere na dimensão pedagógica como o ato de fazer, refutada a reprodução, e como ação compartilhada, refutado o protagonismo exclusivo do professor (ou do livro didático) que coloca o aluno no papel de protagonista da própria aprendizagem.
Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência educacional insubstituível.
Encaminhamento de uma pesquisa de campo:
1 Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante como o específico, discutindo com os alunos em sala de aula. É importante investigar os interesses do alunos e suas expectativas; Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente; Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias, questionamentos ou problematização; Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local; Definir o material necessário para a pesquisa de campo; Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar; Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado, concluindo assim o trabalho prático.
O projeto de pesquisa de campo possibilita que o professor avalie o desempenho dos alunos durante todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao tema da pesquisa e aos dados que se quer coletar.
A conclusão do projeto poderá ocorrer na forma de relatórios, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos terão avaliada sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese.

7. RELATÓRIO

O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida.  Na Educação Básica, os relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao estudante a reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre outras.
O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.
Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem.
O relatório deve apresentar  os dados ou informações coletadas, ou procedimentos desenvolvidos, que análises foram feitas  e a quais resultados se chegou.
São elementos do relatório:
1. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos.
2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.
3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos resultados. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão.
4. Considerações Finais:  Neste item do relatório será possível observar se a atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.

8. SEMINÁRIO

O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a  pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de  uma discussão rica de idéias, onde cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados. 
A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações feitas em aula,  cria, ainda, a possibilidade de colocar o estudante em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa.
Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se fossem aulas expositivas dadas pelos estudantes, onde relatam sobre assuntos estudados em livros.  Os seminários devem trazer, também, o relato de atividades realizadas pela equipe, tais como experimentos, observações, coleta de dados, entrevista com especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade permite que o estudante fale em público, ordene as idéias para expô-las, ouça críticas debatendo-as, perca a inibição e fale aos colegas com seriedade.
A forma de avaliação em seminário merece atenção especial por parte do professor, pois podem-se cometer erros em relação aos estudantes que têm dificuldade em se expressar. É importante que a a avaliação do seminário seja dividida em itens, com valores específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades, é importante que se avalie: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos trazidos para enriquecer a apresentação; a adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
O estudante precisa saber como foi esta avaliação, para que veja onde falhou e possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os estudantes na ocasião em que o seminário for proposto.

9. DEBATE

É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que constituem-se em possíveis critérios de avaliação: 1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos divergentes; 2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais; 3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; 4.  Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; 5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; 6. Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate.
Além disso, o debate possibilita que o professor avalie: o uso adequado da língua portuguesa em situações formais; o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; a compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.

10. ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS

Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem, o professor poderá, entre várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo  como metáfora do que está sendo exposto.
O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.
Na escolha do texto, o professor deve atentar para adequação do mesmo, tanto no que tange ao nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a linguagem utilizada.
Na elaboração da atividade, o professor deverá considerar a especificidade de sua disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras, etc.
A atividade com o texto literário possibilita que o professor avalie: a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto; a articulação  do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido e o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.
 
12. TRABALHO EM GRUPO
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem.
A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um aluno o conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, as ações do professor são as de um orientador que acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as atividades.
Quando se considera que os estudantes se aproximam do objeto de estudo de formas e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se como ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo. Além disso, perguntas ou observações que muitos alunos não colocam para o professor, são socializadas no grupo.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada aluno:
  Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;
  Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

13. QUESTÕES DISCURSIVAS

Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula.  Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem  no processo de construção do conhecimento. 
Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser considerados:
1 Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e objetividade.
2 Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi adequada.
3 Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa.
4 Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
Na elaboração destas questões o professor deve apresentar um enunciado de forma clara, com qualidade e linguagem adequada.  O bom planejamento da questão, o grau de dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação.

14. QUESTÕES OBJETIVAS

Este tipo de questão deverá ser utilizado como um componente da avaliação, nunca deve ser aplicado como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal objetivo é a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitanto ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do enunciado; a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos.

Critérios para atribuição de notas ou conceitos e de aprovação

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas e regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro de Registro de Classe. 
Na promoção ou ou certificação de conclusão a média final mínima exigida é de 6,0 (seis  vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei que é de 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas. Caso o aluno apresente Média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero) e/ou frequência inferior a 75%, este ficará retido no ano letivo.
Para cálculo da média anual será usada a seguinte fórmula:

MA = 1ºB + 2º B + 3º B + 4º B
         4

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar. Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação escolar.
Caberá ao Conselho de classe decidir quanto à aprovação dos alunos que apresentarem situações especiais limítrofes. Os resultados serão registrados bimestralmente no registro de classe, no sistema informatizado e comunicado aos pais através do boletim escolar.
Na documentação oficial do aluno, na ficha individual e no histórico escolar, os resultados serão expressos na escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). A avaliação final deverá considerar, para efeito de promoção, todos os resultados obtidos durante o período letivo, com a inclusão da recuperação de estudos. Encerrando o processo de avaliação, a escola registrará no histórico do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.

Instâncias e participantes para definição da situação de cada aluno ao final do ano letivo

Os procedimentos de intervenção didática serão realizados através das discussões a serem feitas junto a Equipe Pedagógica e professores nas horas-atividade, no sentido de reorganizar as propostas metodológicas; nas discussões com os pais ou responsáveis quando o aluno, por questões ligadas a faltas excessivas ou comportamentos inapropriados, apresenta dificuldade de aprendizagem. Por outro lado, é importante dizer também que o ponto mais importante para a intervenção pedagógica é o Conselho de Classe.

O Conselho de Classe desta escola estará organizado a partir de três momentos distintos:
Pré-conselho de Classe onde fazemos o levantamento de dados, os quais nos permitirão a análise do processo pedagógico do ensino e da aprendizagem, para retomarmos e redirecionarmos nossa prática, com vistas à superação dos problemas levantados.
Conselho de Classe: Neste momento, os professores, alunos representantes  e Equipe Pedagógica discutem os diagnósticos e proposições levantados no pré-conselho, estabelecendo-se a comparação entre resultados anteriores e atuais, entre níveis de aprendizagem diferentes nas turmas e não entre alunos. A tomada de decisão auxilia na compreensão de quais metodologias devem ser revistas e que ações devem ser empreendidas para estabelecer novas posturas na forma de avaliar, a partir de estratégias que levem em conta as necessidades dos alunos.
Pós-conselho de Classe: traduz-se nos encaminhamentos e ações previstas no Conselho de classe propriamente dito, referentes a retorno aos alunos sobre sua situação escolar e suas implicações; retomada do plano de trabalho docente no que se refere à organização curricular, encaminhamentos metodológicos, instrumentos e critérios de avaliação; retorno aos pais/responsáveis sobre o aproveitamento escolar e o acompanhamento necessário, entre outras ações. Todos estes encaminhamentos são registrados em ata.
Uma vez organizado o Conselho de Classe de acordo com as dimensões apresentadas será necessário considerar a definição de critérios para o conselho, os quais devem ser qualitativos e não quantitativos, ou seja:
• Não poderá haver nota mínima estabelecida.: o processo de desenvolvimento escolar de todos os alunos que não atingiram média para aprovação devem ser submetidos à análise e decisões do Conselho.
• Não há número de disciplinas para aprovar ou reprovar. Mesmo que o aluno tenha sido reprovado em todas as disciplinas o que está em análise é sua possibilidade de acompanhar a série seguinte.
• Questões disciplinares não são indicativos para reprovação. A avaliação deve priorizar o nível de conhecimento que o aluno demonstra ter e não suas atitudes ou seu comportamento.
• Ter sido aprovado em conselho de classe no ano anterior não quer dizer que não  possa ser novamente aprovado no ano seguinte. Isto pode ser um sintoma de que o acompanhamento pedagógico deste aluno não foi efetivo de modo a mudar os encaminhamentos para que o aluno tivesse oportunidade de outras formas de  entendimento dos conteúdos.
Vale ressaltar que as discussões no Conselho de Classe final, as quais são mediadas pela equipe pedagógica, bem como respaldadas e presididas pela direção escolar devem, por sua vez, se sustentar sobre alguns parâmetros (critérios qualitativos):
• Avanços obtidos na aprendizagem;
• Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;
• Desempenho do aluno em todas as disciplinas;
• Acompanhamento do aluno no ano seguinte;
• Situações de inclusão;
• Questões estruturais que prejudicam os alunos (ex. Falta de professores sem reposição);
A discussão do Conselho de Classe Final, a partir dos critérios indicados deve se sustentar sobre algumas reflexões:
– O aluno apresenta dificuldades conceituais muito significativas que o impossibilite de acompanhar a série seguinte? Que diagnósticos foram feitos? Estão registrados? Que encaminhamentos foram realizados? Houve retomada no plano de trabalho docente? Houve retorno para os pais/responsáveis e para os alunos? Que avanços foram obtidos ou não?
– O aluno apresenta dificuldades cognitivas significativas que o impossibilite de acompanhar a série seguinte (dificuldades, distúrbios, transtornos, necessidades educacionais especiais...)? Que diagnósticos foram feitos (pedagógicos, psicológicos, psicopedagógicos, neurológicos...)? Os casos foram discutidos no conselho de classe anual? Que orientações foram dadas? Há registros? Que ações foram realizadas? Houve adaptações curriculares? Que avanços foram obtidos?
– O aluno em questão não obteve nota para aprovação, pois não entregou avaliações nem realizou atividades? Houve registros individuais na pasta do aluno? E a partir dos conselhos anteriores, que encaminhamentos foram feitos? Que critérios de avaliação foram usados? Que instrumentos foram realizados? Os pais foram comunicados? Que medidas foram tomadas? Que avanços foram ou não obtidos? Em que sentido isto interferiu na não aprendizagem e, neste sentido, impossibilita ou não no acompanhamento da série seguinte?
Cumpre ainda, destacar que :
Todos os critérios devem ter como único foco a aprendizagem. A participação, atitude e comportamento não são critérios e sim possíveis determinantes sobre ela.
Todos os registros que foram feitos em ata nos pré-conselhos, conselhos propriamente e nos pós conselhos devem ser retomados no conselho final para fundamentar a decisão de promoção ou retenção. A ata final deve expressar isto.
O conselho de classe final também deve expressar, em ata, a relação entre os parâmetros, as discussões e encaminhamentos realizados durante o ano no processo de conselho.
Os parâmetros devem servir de referenciais para que a equipe pedagógica da escola, juntamente com o corpo docente, defina critérios (qualitativos e não de corte) para discutir a situação de todos os alunos que não obtiveram nota para promoção. Portanto, o  parâmetro para promoção não está no outro aluno mas nos critérios definidos em conjunto e que não são quantitativos e restritivos.
Não existe peso no voto do professor da disciplina. O caso do aluno que será discutido no conselho final passa pelo olhar pedagógico de todos os professores, portanto a discussão não se sustenta em critérios subjetivos.
A ata final não deve se constituir na lista dos alunos aprovados ou não, e sim na expressão das discussões das reflexões acima indicadas.