PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
Data: 02/08/2014
Carga horária: 4h
Cursistas: Carolina Hunzicker Vannucci, Eric Allen Bueno, Márcia Francisco de Paula, Nicolas Martins Freitas, Rosely Caetano, Sandra Luiza Souza Leal de Siqueira, Vivaldo Gomes Júnior.
Orientador de estudos: Ricardo Marcos Volpini de Souza
Escola: Colégio Estadual Professora Maria Helena T. Luciano
Cidade: Pontal do Paraná (PR)
Núcleo Regional de Educação de Paranaguá
Atividade realizada: Caderno 1, Etapa 1, Pacto Nacional pelo Ensino Médio e Formação Humana Integral. Reflexão e ação, p.45, Questão: como chegar a universalização do ensino médio?
O problema é de grande complexidade, pois esta relacionado a questões alheias à escola, ou seja, os problemas pessoais dos alunos influenciam seu desempenho e participação no Ensino Médio. Entretanto, estes motivos são fortemente influenciados por situações econômicas onde se faz necessário a inserção no mercado de trabalho. Com a implantação do ensino integral este cenário poderá mudar (assim acreditamos) por padronizar a entrada de uma nova faixa etária na economia. Abaixo, transcrevemos três relatos feitos por alunos do Ensino Médio sobre como eles compreendem esta situação, vejamos:
Relato 01
“No caso do nosso colégio falta estrutura, como uma biblioteca e etc. A troca constante de professores faz com que a matéria mude e a metodologia também. A evasão e a falta de interesse de alguns alunos. A falta de professores capacitados para determinada matéria, fazendo com que o núcleo mande professores formados em matérias diferentes, o que dificulta o ensino e o aprendizado.”
Relato 02
“Falta de recursos de tecnologias, falta de vontade dos alunos, falta de respeito dos alunos com os professores, falta de preparo dos professores para dar aula. Os alunos hoje em dia trabalham mais do que estudam muitas vezes para ajudar a família, problemas familiares que atrapalham nos estudos do jovens do ensino médio.
Os alunos se preocupam mais com a nota do que aprender o conteúdo, o que está atrapalhando muito é a gravidez na adolescência que desvia os alunos da escola.”
Relato 03
“Bom, nós achamos que nos é bem o problema da infraestrutura mas sim por falta de motivação dos alunos, hoje em dia os estudantes querem tudo muito fácil, não correm atrás do que quer.
Por outro lado alguns alunos como no norte por exemplo, podem ter mais motivação que os alunos do sudeste e sul. Infelizmente no nosso país existe muita desigualdade entre regiões, o sul e o sudeste tem uma infraestrutura boa por sua industrialização, mas o norte e o nordeste não tem isso, então uma das soluções poderia ser a distribuição desse dinheiro para a capacitação de professores e melhorias de colégios.
Porem a questão nem é tanto a infraestrutura, porque já vi casos de alunas muito bons em escolas publicas e alunos ruins em escolas particulares. A questão não é mais o dinheiro mas os alunos e professores.
O acesso é garantido, mas a permanência não é contínua.”
Pensamos que para o universalização do Ensino Médio é essencial:
- Valorização continua dos profissionais da educação com reformulação dos planos de cargos e salários proporcionais a sua formação e atividades desenvolvidas. Cursos de aperfeiçoamento profissional e pós-graduação;
- Ampliação e melhoria da infraestrutura escolar;
- Criação de uma “bolsa de ensino” para alunos do Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos;
- Como o Estado e a sociedade transferem grande parcela das responsabilidades sobre os professores e a escola, as quais vão além do ensino, propomos que dentro da mesma deverá existir um grupo de apoio psicossocial, composta por Psicólogo, Assistente Social, Conselheiro Tutelar, Dentista e Equipe médica especializada, bem como Salas de Apoio e de Recursos Multifuncionais para alunos com dificuldades de aprendizagem e portadores de necessidades especiais;
- Oferta do Ensino Médio regular diurno de forma integral;
- O Ensino Médio noturno, deve oportunizar uma adequação da carga horaria, flexibilizando o atendimento aos alunos que trabalham no período diurno;
- Reformulação do currículo nacional com abertura para as especificidades locais, nos moldes do Pacto Nacional do Ensino Médio. Repensar constantemente as PCNs, as Diretrizes Curriculares Estaduais, e as propostas curriculares das escolas, flexibilizando uma proporção deste, voltando-o para a realidade da comunidade escolar local, desenvolvendo/criando estratégias e metodologias inovadoras e diversificadas.