Artigo referente ao caderno II etapa I

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COLÉGIO ESTADUAL DES. GUILHERME A. MARANHÃO

PROFFESSORES: DULCILENE, JAFFER, LETÍCIA, LUCIMAR E MARIA LILIAN.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO – PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO

ETAPA I CADERNO II

O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO

Não podemos reduzir nosso pensamento e capacidade de compreensão de que a juventude se resume em faixa etária e fase problemática. Na fase da juventude, o indivíduo vai descobrindo a si mesmo e sobre as dimensões afetivas até profissionais. Mas na realidade, não existe a juventude propriamente dita, na verdade existe sujeitos que experimentam e sentem essa “fase” conforme o contexto sociocultural em que se inserem, e assim determinam vários modos de ser jovem. É necessário também buscar perceber como os jovens estudantes constroem o seu modo próprio de ser jovem, pois é um passo para compreender suas experiências, necessidades e expectativas.

Como é o jovem dentro da sala de aula? É interessante usar os parelhos digitais de forma pedagógica, como por exemplo, o universo do celular para dele extrair sentidos de participação e interesse para as atividades curriculares.

Outro fator, é que o jovem não pré-adulto, ele é um sujeito com valores, comportamentos, visões de mundo, interesses e necessidades singulares. Ouvir a opinião do jovem, reconhecendo suas potencialidades; mudar o olhar e superar as representações negativas sobre eles, pois há uma complexidade de elementos que interferem na realidade do jovem.

Muitos jovens querem ter na escola o que não tem dentro de casa, mas as vezes, a relação entre professor e aluno se torna um problema e um desafio muito grande. Há uma grande importância do relacionamento afetivo e do reconhecimento dos talentos dos jovens, porém como o professor pode-se aproximar e adentrar o universo dos jovens de forma positiva? Chamar eles para perto, passar para eles confiança, ajudar o jovem a possuir um bom significado da escola, compreendendo os sentidos de “estar junto” e do “ser parte” dos grupos. Entretanto, o desafio está na mediação, na conversa com o jovem, mostrar para ele o seu lugar no mundo, aprendendo a escolher e a se responsabilizar pelas suas escolhas.

Já a escola é uma instituição central na vida dos jovens, é um lugar de fazer amigos, compartilhar experiências, valores e delinear projetos de vida, é um espaço de convivência e aprendizado. Os alunos reconhecem muitas vezes o papel da escola, mas querem que a instituição escolar esteja aberta ao diálogo, considerando suas experiências.

Os jovens produzem uma maneira de ver e valorizar a escola que dependem das suas experiências individuais, seus interesses e identidades que se constroem a partir da sua realidade e de suas interações. Experiências individuais no trabalho, na vida pessoal, um relacionamento afetivo, uma amizade, pode fazer diferença na relação com a escola. Alguns enxergam a escola como obrigação, uma prisão, uma gaiola, já outros, veem como oportunidade de melhorar de vida, entrar no mercado de trabalho, e tem também os que pensam que escola é um lugar apenas para fazer e encontrar amigos, ou ainda, um abrigo, para aqueles que vivem em ambientes ameaçadores e violentos.

A escola precisa fazer sentido para a vida do aluno e contribuir para a compreensão da sua realidade, fazer com que o jovem veja que a escola tem muito a oferecer a ele.

Indisciplina, violência, bullying, entre outras coisas, está infelizmente presente na escola, porém é de suma importância sempre ter atitudes contrárias a isso, pois a escola não é apenas um espaço de aprendizagem, mas lugar social de vivência e experiência, e deve ser valorizado as multifacetadas experiências que o jovem constroem.