artigo caderno V - gestão democrática
CAMINHOS PARA UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA E VERDADEIRA
Cursandos: José Pedro Cedran
Aurelia do Rocio Porath
Severiano Cezar Filho
Neusa Povodenhak Lima
Rosangela Ivete Volpato Cedran
Aurelio Chalus Vernick
Professor-Tutor: Angela Cristina Hartmann dos Santos
Universidade Federal do Paraná
Programa Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio – Caderno III
30/11/14
RESUMO
Gestão democrática é a participação de todos na gestão do processo da educação, na busca pela qualidade, é envolver todos os segmentos: pais, alunos, professores, agentes educacionais e comunidade no processo de melhoria da qualidade da educação. Tem-se como característica da gestão democrática o acesso às informações, as decisões do coletivo, a participação das instâncias colegiadas de uma forma muito efetiva no trabalho da escola. As instâncias, a APMF, o grêmio estudantil e o conselho escolar são fundamentais no processo de democratização da escola quando atraentes, fazem um papel muito importante, auxiliando o gestor e fazendo com que todo o processo ocorra de uma forma mais amena e com mais consistência, com mais força, com mais empoderamento dessa comunidade, e o grande desafio é fazer com que isso aconteça, com que as instâncias participes se efetivem realmente, que os funcionários, que a família venha para a escola, perceba a escola como um espaço importante de participação, que venha a agregar aos seus filhos a conhecer, a aprender, a saber o principal desafio, acredita-se que seja esse o caminho e que todos participem.
Palavras-chave: Gestão. Democrática. Escola.
1 INTRODUÇÃO
Como a gestão democrática, pode-se afirmar que professores, diretores e corpo técnico da escola, os alunos e seus familiares, possuem direitos constitucionais de participar coletivamente de todo o processo da escola, de tudo que acontece nela, de buscar esclarecimento, informações?
Na realidade esse processo de democratização da escola, ganham força maior com a Constituição de 1988, ficaram estabelecidos por lei maior a questão da gestão democrática e foi reforçada através da LDB. A partir de então, temos isso constituido por lei, como um direito de todos e, por isso, é importante que todas as instâncias, e segmentos, tenham consciência e participem ativamente de todo o processo, consultivo dos diretores, que passaram a exercer seu mandato através do processo democrático, mas somente isso, não indica que a escola vá ser uma escola democrática por que o diretor foi eleito, precisa haver a participação de todos esses segmentos, para que realmente se efetive a gestão democrática participativa, por que pode ser uma gestão democrática em algum sentido, mas não tão participativa, não tão ativa, esses segmentos, no processo. Então, é fundamental a participação de todos, e como foi dito, o grande desafio.
2 DESENVOLVIMENTO
É fundamental para a gestão democrática ter como gestor de uma pessoa extremamente articuladora, que tenha a sensibilidade de perceber o potencial das pessoas dentro da escola, que socialize as informações, que consiga fazer com que os seus objetivos, os objetivos do coletivo fiquem muito claros e sejam entendidadas por todos e tambem tenha muito clareza na sua comunicação, para que esses objetivos consigam ser atendidos, criar uma forma de fazer com que t que todos se envolvam, se comprometam no processo, para que as metas sejam atingidas na escola, para isso, ele precisa ter um planejamento, e precisa fazer cumprir as decisões tomadas no colegiado, por que não adianta você socializar a informação, decidir no coletivo e na hora de executar, não ser a que ficou decidida pelo coletivo, essas características são fundamentais no seu perfil.
Muitos estudos demonstraram que o perfil do diretor é algo fundamental para que se desenvolva todos os projeto articulados e a extrema necessidade para o pleno desenvolvimento escolar. Ele é a ponte entre toda a uma unidade escolar, por isso que a articulação é a principal característica de conseguir fazer as mediações necessárias no processo ensino-aprendizagem e valorizar cada um desses segmentos.
As instâncias colegiadas: a APMF, o Gremio Estudantil e também o Conselho Escolar que são a base da gestão democrática no interior das escolas. Quais são os avanços encontrados nessas instâncias colegiadas com a efetivação da gestão democrática.
O Estado do Paraná tem um diferencial, quase a totalidade das escolas possui pelo menos duas isntâncias colegiadas constituidas legalmente, a APMF e os Conselhes Escolares, eles estão em aproximadamente 2100 escolas, então, quase todas as 2178 escoals no Paraná em todos os 399 municípios, então, temos uma quantidade imensa de colegiados constituidos.
Os Grêmios estudantis, existem e são atuantes em 1500 entidades escolares estamos em um árduo trabalho para termos em todas as escolas estaduais. Vamos falar um pouco da importância de cada uma dessas colegiadas:
A APMF tem importante papel, acredita-se que é a instância mais importante funcionando efetivamente na escola, isso se deu pelo fato da associação de pais, professores e funcionáriso, ter uma incumbência de unidade executora de ações, financeiras, principalmente, isso acabou fazendo com que essa associação tivesse um papel muito significativo na entidade escolar, por que recursos públicos federais, estaduais e munuicipais entre outros, são administrados por ela.
Na escola, participar das decisões, acompanhar, auxiliar a gestão no processo de administrativos dar suporte e apoio é papel fundamenta da APMF. Por conta disso é preciso ficar claro quem a representa.
Outra questão é o Conselho Escolar, que tambem é fundamental, é o órgão máximo dentro da escola. Ele envolve todos os segmentos em nível de proporcionalidade, tanto da comunidade escolar como da comunidade externa, então é 50% de pais e membros da comunidade e 50% de funcionários, professores e alunos, tem que ser proporcional as decisões do Conselho Escolar, elas são fundamentais no processo do desenvolvimento de todas as ações da escola, se não estiver constituido legalmente prejudicará todo o processo. O que percebeu-se pelas visitas feitas em escolas do Estado do Paraná, que estão tendo um bom desenvolvimento são aqueles onde as instâncias, estão funcionando de uma forma mais efetiva, os pais estão dentro da escola, os problemas super articulados, trabalhado junto com a direção, com a gestão da escola no processo de melhoria realmente funcionam.
O Grêmio Estudantil, é algo fundamental, os jovens tem soluções muito práticas para muitas questões que a gente vem quebrando a cabeça para obter. Esse protagonismo, essa ação desses jovens, ela precisa ser valorizada, ela precisa ser ouvida, o Pacto veio realmente para fortalecer esse sujeito e fazer com que eles se manifestem, mas não somente para eventos. Por que temos muitos Grêmios constituidos, um total de 1500, desses, muitos fazem eventos, organizam festas, gincanas, jogos, e acham que é só esse o seu papel, mais é muito mais que isso, nossos jovens tem potencial para muito mais e é isso, eles podem e devem participar ativamente e efetivamente da gestão da escola, das decisões, das discossões sobre currículo, sobre avaliações, sobre as questões de violência, sobre as questões do entorno da escola, da comunidade e que seu papel social vai muito alem, é claro que a participação, a organização, é muito importante para o desenvolvimento do jovem e acaba agregando responsabilidades, percebendo como é trabalhar coletivo é importante, saber ouvir, buscando resultados nos seus eventos. Percebe-se que todo esse movimento, é muito positivo e que vem tomando um corpo maior, que estamos num momento da história bastante significativo, por que essas discossões entrando na escola sendo discutido pelo coletivo e colocada em prática é algo que vai agregar para nosso Estado e para a educação de qualidade dos nossos jovens. Os pais estão participando mais, se preocupando mais, claro que está muito aquem do que a gente precisa, mas percebe-se na escola, que elas estão buscando trazer familias para a escola, trazer a comunidade, se aproximar das midias sociais, perceber o que existe no entorno, por que sozinha a escola não da conta de tudo que está acontecendo, ela precisa agregar, fortalecer as redes e a familaia em um unico alicerce, a escola percebeu essa necessidade e vem criando estratégias para trazer esse pais, essas famílias para dentro da escola, existem experiências fantásticas, a imaginação é muito interessante o que as escolas estão ciando desafios e buscando estabelecer estratégias para conseguir fazer com que esses desafios sejam alcançados. Quando as familía estam próximas os alunos, se dedicam mais, aprendem mais, valorizam a escola. Em Irati, no interior do Estado do Paraná, houve uma experiência muito interessante que vamos colocar em nosso artigo para enriquecê-lo. Houve uma situação em que as mães eram chamadas para um dia especial na escola e isso aconteceu em muitas escolas, e as mães começaram a participar porque elas perceberam que não era só para falar de indisciplians, pelo contrário, era para tecer comentários positivos e serem homenageadas pela boa integração com o coletivo e assim ir agregando esperiencias, trazendo mais pessoas, assim, cada escola percebeu como é o cotidiano e quais são as estratégias que precisam estabelecer para fazer com que se aproxime, as vezes são estratégias muito simples, mas que fazem com que aquele pai se sinta valorizado e queira estar ali em um momento agradável e que perceba que vai fazer a diferença tanto para o filho quanto para a escola, e isso é uma coisa fascinante, percebe que esse movimento está acontecendo pela necessidade. Não adianta mais deixar a família longe ou a comunidade fora da escola, é preciso envolver todo esses segmentos de uma forma muito efetiva. Certamente,existem escolas não tão democráticas, temos professores extremamente democráticos e eles fazem de sua sala de aula, o seu espaço de aprendizagem se tornam também altamente democrático. Então, necessariamente o professor, ele pode fazer com que seus alunos sintam-se extremamente a vontade pra fazer colocações, assim, ele abre espaço para que esses alunos falem, ele já ajuda de forma democrática, ao ouvir o que eles falam, perceber quais são as ansiedades, as necessidades deles e agir no coletivo, as combinações, as ações que vão fortalecer esse aluno, faz com que ele consiga se posicionar de forma mais crítica, vai tornar mais democrático. Então essa socialização das informações dizem respeito a esse sujeito, é extremamente importante perceber que em todas as disciplinas os professores podem ter uma abordagem crítica, democrática, de todos os assuntos, fazendo com que isso seja agregado no seu cotidiano. E não só os professores, os agentes educacionais tambem, que tem um contato super próximo com todos os estudantes, eles tambem podem ter atitudes fazendo com que eles pensem, e reflitam, que eles respeitem o próximo, que eles percebam quais são as necessidades da escola, respeitem o espaço escolar. Tudo é uma conquista que vem de um processo democrático, tudo se torna importante, ele não é incorporado de uma forma efetiva. Agora o que é conquistado, o que é combinado no coletivo é muito mais fácil de se permanecer. É a essencia da questão da democrácia, essa participação de todos nos processos que são estabelecidos.
Agora, com todo esse processo de estudo, com o PACTO, acredita-se que vá agregar bastante conhecimento, principalmente para o Ensino Médio, que é o nosso grande desafio.
Os indicadores são fundamentais, temos indicadores maravilhosos, super significativos que conseguem chegar a identificação de dificuldades do aluno individualmente, de cada escola, cada municipio. O SAEP é um indicador fantástico. Só que muitas vezes, esses indicadores, não são socializados. A escola tem o conhecimento mas os detalhes de toda a avaliação ficam restritas ao diretor. E isso é um disperdicio, uma perda, porque temos informações valiosissimas e que precisam ser disseminadas entre todos os atores responsáveis por esses indicadores corpo docente e discente.
As vezes, pelo não entendimento do porque de uma avaliação externa a coisa não acontece porque nesse momento nem se está falando numa avaliação institucional, aqui está se falando de avaliações externas. Essas avaliações servem para indicar alguma falha no processo de ensino-aprendizagem, então, é muito importante que a escola entenda qual é a função desta avaliação, deste indicador. E o resuiltado deste indicador para aquela escola. Porque dai, vai nos fornecer o retrato, o que está acontecendo com esta escola, onde temos que melhorar, o que precisamos fazer. Então precisa socializar essa informação, todo mundo precisa conhecer o indicador e conhecer o resultado desta avaliação. Porque, o SAEP, dá o indice de proficiência em Lingua Portuguesa e em Matemática, mas o que adianta falar em proficiência se não se tem o entendimento do que significa proficiência. Então é muito importante entender esse indicador e depois estabelecer metas para superar esses resultados. Porque os nossos indicadores, como o de todo o país, a gente precisa caminhar muito ainda, por que numa escola de dez, o país como um todo está mais alto, numa escala de 6,4 por exemplo, isso é muito crítico ainda, sem contar que a maioria das escolas está lá no indice 4,0 no Ideb.
O que a gente precisa é melhorar esses indicadores para que se perceba que a escola se coloca num contexto maior e melhor. Sair do âmbito da escola e partir para âmbitos municípios, estaduais e nacionais. E percebe quais são as nossas vulnerabilidades, onde precisamos melhorar.
Apatir disso estabelecer metas, elaborar um plano de ação para superar esses resultados. E esse plano de ação precisa ser elaborado no coletivo. Não adianta o diretor ou a pedagoga vir e falar “vamos fazer isso dessa forma”, mas todos tem que entender o porque disso, todos tem que decidir qual é a melhor forma de fazer esse processo funcionar democráticamente , socializar as informações, decidir no coletivo e realmente ter uma meta, ter um tempo para atingir os objetivos propostos para que ocorra as mudanças. Por serem situações muito diferenciadas, estabelecem um plano de trabalho e estão com um cronograma de metas a atingir e o resultado tem sido muito satisfatório. Isso é um planejamento que está dando certo e esse processo todo é muito valioso para a escola, é algo que os grupos de estudo precisam pensar o que tem sido feito com esses indicadores nessa escola. Ele é socializado, o SAEP foi visto por todos, todo mundo teve acesso ao sistema, as pedagogas socializam isso com os professores, se não, porque não. É algo que precisa ser revisto, a forma como são encarados essas avaliações externas. Porque realmente é um instrumento super valioso para uma gestão democrática.
Uma coisa complementa a outra. Mas o PPP é a excenência da escola, na verdade todas essas ações vão acabar refletindo na sua estruturação, ele possui o marco situacional da escola todas as açóes tem que estar contemplada nesse documento. Sua construção é coletiva, todos devem participar. Ele não deve ser meramente um documento construido mas que precisa ser apresentado para um reconhecimento, numa identificação de questões burocráticas, mas sim pela excência que possui. Porque ali. Esta definido todo o funcionamento da escola. Então é muito importante que ele seja muito bem articulado e construido por todos de forma coletiva. Qual o posicionamento dele em relação aos indicadores?, em relação a comunidade?, em relação ao perfil dos alunos que estão ali?, dessas famílias?, como elas são?. São presentes, ausentes, estão sendo análisadas no primeiro momento? Estam só verificando como a escola está?. Depois parte-se no molde conceitual, fazer uma análise do processo todo e verificar quais vão ser ações futuras para melhoria, mas o PPP é a existência da escola.
Anteriormente falou-se sobre as características e o perfil do gestor, agora partindo do pressuposto que a escola tem um profissional que não se enquadre nessas características, nesse perfil, o que ele deve fazer para modificar esse contexto?
Isso é bem interessante por que muitas vezes, colocando-se nesse papel, enquanto diretores e gestores verifica-se que ha muito para se compartilhar e buscar soluções.
É uma busca insessante pelo conhecimento, é preciso se fundamentar para ter maior consistência na nossa fala para poder agir de forma mais segura e efetiva no meio onde se está liderando, essa é uma das questões fundamentais, a busca pelo conhecimento, pela fundamentação teorica. Um bom lider não pode ter medo de delegar funções, tem que ter conhecimento de suas ações e confiaça em sua equipe oferendo subsidios para que desenvolvam um exelente trabalho.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não existe uma ordem de prioridade, mas a fundamentação é algo que deve revisto porque embasa, conhecimento para que possamos agir de uma forma mais efetiva. Existe muita coisa boa publicada que a gente pode ter como suporte de apoio, mas outras ações precisam acontecer de forma simultânea para que os indicios de gestão democrática comecem a aparecer de forma mais evidente, socializando as informações e valorisando os sujeitos da escola, cada um em seu segmento, o que as pessoas tem de melhor podem agregar em equipe trabalhar de maneira colaborativa, juntos, por uma única causa que é uma escola de qualidade, alunos aprendendo, professores satisfeito, com prazer de estar ali para auxiliar os seus educandos em todo o processo de ensino-aprendizagem. São pontos excenciais para que isso aconteça, é claro que essa caminhado vai ser longa mais dara bons frutos, a mobilização e a essencia do processo democrático participação, e o compromisso dos envolvidos já é uma cararística muito importante, a gente aprende assim, sem julgar, então são exercicios que a gente vai fazendo enquanto vai agregando características democráticas no nosso modo de ser, outras questões tambem importantes é fazer com que esse grupo se posicionar na tomada de decisões, essas, tem a necessidade de ser favoráveis para todos os atores e autores envolvidos na escola.
REFERÊNCIAS
BRASIL – Diretrizes Curriculares Para o Ensino Médio - 2012
_______. – LDB – Leis de Diretrizes e Bases da Educação - 2009
_______,- Secretaria de Educação Básica, Formação de professores do ensino médio, etapa I – caderno V.
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