O TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO E A PESQUISA COMO PRINCÍPIO PEDAGÓGICO
Princípios são leis ou fundamentos gerais de uma determinada racionalidade, dos quais derivam leis ou questões mais específicas. No caso do trabalho como princípio educativo, a afirmação remete à relação entre o trabalho e a educação, no qual se afirma o caráter formativo do trabalho e da educação como ação humanizadora por meio do desenvolvimento de todas as potencialidades do ser humano. Seu campo específico de discussão teórica é o materialismo histórico em que se parte do trabalho como produtor dos meios de vida, tanto nos aspectos materiais como culturais, ou seja, de conhecimento, de criação material e simbólica, e de formas de sociabilidade (Marx, 1979).
Já a pesquisa como princípio pedagógico é importante, pois não se pode conceber o processo educativo escolar sem a pesquisa, visto que por intermédio dela é que professores e alunos deixam de ser apenas consumidores de conhecimentos, e passam a ser construtores de conhecimentos. Visa atender às necessidades sociais ligadas ao mundo do trabalho oportunizando novos espaços à construção do saber, contrapondo ao estilo tradicional. Neste sentido, os sujeitos do processo de ensinar e aprender criam condições para o protagonismo social e cultural, na medida em que se apropriam de saberes, que permitirem a leitura da realidade. A pesquisa como princípio pedagógico é condição para autonomia intelectual. Por meio da qual, docentes e discentes, na convergência de pensares, buscam respostas para problemas, situações que permeiam o contexto social, cultural, econômico e político. A pesquisa, como um processo sistemático de construção do conhecimento, visa principalmente, gerar novos conhecimentos e refletir sobre os conhecimentos existentes sob a ótica do pesquisador. Com a implantação do Ensino Politécnico nas Escolas Estaduais.
A INTERDISCIPLINARIDADE RELACIONADA AO CONCEITO DE CONTEXTUALIZAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA COMO PRINCÍPIO INTEGRADOR DO CURRÍCULO.
Não podemos falar de Interdisciplinaridade sem antes entender o que seria, como podemos observar no vídeo e com o auxílio do caderno IV concluímos que Trata-se de um movimento importante de articulação entre o ensinar e o aprender e que para se pensar a interdisciplinaridade, não podemos abrir mão das especificidades das disciplinas; e nem de um profundo conhecimento disciplinar.
Tanto a disciplinaridade quanto a interdisciplinaridade se impõem historicamente, ou seja, ambas são filhas do tempo.
A interdisciplinaridade não necessariamente precisa ser trabalhada em grupo. Um grupo pode ser mais homogêneo e superficial que o indivíduo que busca recursos de várias ciências para explicar determinado processo. ( Jantsch & Bianchetti, 2010)
A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização sócio-histórica como princípio integrador do currículo. (DCEs, p.28.)
Por fim concluímos que para compreender a complexa realidade, é necessário relacionar os diferentes conteúdos das disciplinas, ou seja, interagir diferentes áreas do conhecimento à procura de um entendimento mais global e não parcelado.