Áreas de Conhecimento e Integração Curricular

O aluno o Ensino Médio tem direito reconhecido pelas DCNEM de inserir no mundo formal dos conhecimentos científicos para poder participar na sociedade de forma inclusiva e dinâmica. Para cumprir as metas estabelecidas nos documentos oficiais é preciso preparar o educando para o trabalho, para participação enquanto ser social e para prosseguimento de estudos, ou seja, visando a formação humana integral. É necessário compreender que os conceitos e as teorias foram se estabelecendo pelo pensamento sobre a realidade concreta, assim para compreender o mundo e produzir novos conhecimentos é preciso que o educando se aproprie dos conhecimentos produzidos ao longo da história.
Podemos dizer que as disciplinas podem se agrupar por áreas do conhecimento, ou seja, por se tratarem do mesmo objeto de estudo,  a DCNEM orienta a organização do currículo em áreas do conhecimento, compreendidas como conjunto de conhecimentos cuja afinidade entre si pode expressar pela referencia a um objeto comum que permite a integração mutua de conceitos, terminologias, metodologias e procedimentos de análise. A organização em área do conhecimento não substitui a especificidade das disciplinas, as áreas podem expressar uma unidade composta para uma diversidade que se articula e se comunica entre si. A organização curricular deve ampliar o dialogo entre os componentes curriculares e seus respectivos professores transformando a cultura escrita rígida e fragmentada.
Contextualizar o conhecimento é mostrar que ele existe como resposta às necessidades sociais, são históricas e produtos de disputas econômicas, sociais e culturais. É um processo que provoca investigação coletiva, interrogação permanente, é o ponto de partida.
O conhecimento e o processo de ensino são organizados e desenvolvidos de forma que os conceitos sejam apreendidos como sistemas de relação de uma totalidade concreta que se pretende explicar/compreender.
Na perspectiva da formação integral é necessário compreendermos que trabalho é o modo pelo qual o ser humano produz para si o mundo, os objetos e as condições de que precisa para existir. O trabalho como ação transformadora do ser humano resulta no que podemos chamar de cultura. A cultura é o próprio ambiente do ser humano - valores, crenças, objetos, conhecimentos, etc. A ciência e a tecnologia são resultados da ação humana é portanto parte da cultura.
A formação humana coincide com capacidade única de este ser transformar a realidade e, por consequência a si próprio. Ao transformar a realidade e a si mesmo pelo trabalho, o ser humano produz conhecimentos, tecnologia, cultura. O trabalho como principio educativo compreende que o ser humano é produtor de sua realidade e por isso se apropria dela e pode transformá-la, é uma concepção de mundo, de homem e de sociedade.
No ensino integrado, os conteúdos são conhecimentos construídos historicamente que se constituem como condição necessária para que os educandos possam construir novos conhecimentos e compreender o processo histórico e social pelo qual os homens produziram e produzem sua existência.
  Considerando os conhecimentos científicos, técnicos e operacionais que estão na base dos fenômenos naturais e das relações sociais ao se constituírem em objeto de ensino formam um corpo de conhecimentos que obedece às próprias regras internas de estruturação, assim a interdisciplinaridade aparece como uma necessidade.