Área de conhecimento e integração curricular
Colégio Estadual Ulysses Guimarães - Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante.
Curso: Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio - Caderno IV: ÁREAS DE CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR.
Equipe:
Andréia Paula Krur
Angeluce de Lima
Idilmar Machado Ferreira
Jussimara Aguirre Malherbi
Magda Regina Pereira Burgath
Leonirce Filomena Rossini
Rosana Rodrigues Martins
Valéria de Oliveira Fernandes
Reflexão e ação
EDUCAÇÃO ALIMENTAR NUMA PERSPECTIVA INTEGRADORA
Tema: Educação Alimentar e Nutricional
Justificativa
Nós nos educamos no cotidiano de suas vidas, em sociedade. É pela educação nas relações sociais que nós nos tornamos quem somos. Para isso, a importância da formação do Currículo integrado ao conhecimento dos educandos do Ensino Médio, precisa primar por uma relação que se estabelece com o mundo formal e com os conhecimentos, culturalmente, produzidos e sistematizados pelas ciências e socialmente valorizados, para que se possa participar de maneira inclusiva na dinâmica da sociedade.
A formação humana integral envolve a ciência que é o método adaptativo de resposta, que somente o homem se revela capaz, por ser o animal que vence as resistências do meio ambiente, mediante a produção da sua existência; a individual; e da espécie.
Assim, a cultura é o próprio ambiente do ser humano, socialmente formada com valores, crenças, objetos, conhecimentos; entre outros; enquanto o trabalho é o instrumento de intervenção do humano sobre o mundo e da apropriação dele (homem); e a tecnologia é uma coleção de sistemas com caráter de organização, projetadas para realizar alguma função. Portanto, o tecnológico não é apenas o que transforma e constrói a realidade física, mas igualmente aquilo que se transforma e constrói a realidade social, priorizando uma educação de qualidade e de inclusão social, por oferecer condições reais de educação, com acesso universal e efetivo, à medida que garante a permanência e a promoção de todos no processo ensino aprendizagem significativa, isto é uma educação com emancipação humana e com a democratização da sociedade que impulsiona a construção da autonomia, da responsabilidade e da liberdade em todos os educandos.
De acordo com Cortella (2011), pensar na condição humana é compreender que a vida é um processo constante de interferência no mundo que dá por intermédio de uma ação a qual, diferentemente, daquela realizada pelos demais animais, altera de forma consciente o espaço; logo, um currículo integrado no ensino médio, em suas diferentes modalidades, enquanto formação humana integral, é um direito de todos os brasileiros, uma conquista histórica. Entretanto, ainda precisa ser adaptada com ações que envolvem conteúdos multidisciplinares, relacionando-os, a medida do possível, com a aplicabilidade dos mesmos na prática.
Segundo, Paulo Freire (2002), tudo o que nós pudermos fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro dela, como participantes, no âmbito de tomarem um pouco o destino da escola na mão, será considerando um trabalho imenso para assumirmos o país democraticamente.
Diante das concepções que abordamos para a ação pedagógica disciplinar integrada em relação ao tema proposto, entendemos que a alimentação humana existe naturalmente, desde que surgiu o ser humano e este teve a necessidade de se alimentar para conseguir viver e, mais tarde, por prazer, procurar os alimentos mais agradáveis e apetitosos.
Ao longo dos anos, os seres humanos foram descobrindo novos alimentos, e devido a isso e às condições climáticas, a espécie foi se espalhando pelo planeta em busca de alimento. Calcula-se que os humanos começaram por alimentar-se de frutos, plantas e raízes, que já existiam nessa época. No entanto, mais tarde descobriram a caça, vindo também a alimentar-se de animais e peixes. A existência de zonas muito ricas em determinados alimentos, como os cereais, e a descoberta da função das sementes, levou ao desenvolvimento da agricultura. Depois deste processo muito complexo, vários povos se espalharam, distinguindo-se uns dos outros pelo planeta; o que levou ao desenvolvimento de diferentes tipos de alimentação, de acordo com a situação geográfica de cada povo, haja vista que determinadas zonas são ricas em cultura de cereais, ou cultura de gado, ou estão situadas perto do mar.
Com o passar do tempo, os povos formaram as suas tribos, com as suas culturas, de animais ou de plantas, de modo a garantir a sua alimentação e sobrevivência. Estas culturas desenvolveram-se de tal maneira, que os alimentos produzidos passaram não só a servir aquele povo, mas também a servir para fins comerciais.
As crenças e a religião também influenciam bastante o tipo de alimentação de cada povo, pelo que em algumas populações o pão está muito presente; em outras não se come carne; e noutras não se come carne de porco.
Nos dias de hoje, são produzidas e comercializadas grandes quantidades de alimentos, que são mal distribuídas pelo planeta, havendo grandes contrastes em termos de alimentação em diferentes sociedades. Por exemplo, em países do continente americano, existe o excesso de alimentos. Isto se torna um dos problemas para a área da saúde, já que há índices significativos de população obesa, enquanto que, em outros países, africanos, por exemplo, há muita fome e muitas pessoas a morrer, devido à falta de alimentos essenciais.
Atualmente, a alimentação dos povos tende a ser cada vez mais semelhante, porque existe uma grande partilha de informação e de novidades alimentícias entre as populações, porém ainda se destacam algumas diferenças, devido ao fato de existirem em maior quantidade alguns alimentos, em determinados locais.
Problematização:
Ao analisar o adolescente durante o processo e escolha de alimentos, por que ele opta por alimentos industrializados?
Objetivos:
• Promover a pesquisa sobre os diversos alimentos e a relação que se estabelece com a cultura;
• Instigar a produção sustentável e orgânica dos alimentos;
• Potencializar a comercialização dos alimentos orgânicos e nutricionais; e
• Socializar, por meio dos mais diversos meios de comunicação os resultados das pesquisas.
Fundamentação Teórica:
A Alimentação mediterrânica, segundo Tomé et all (2011) tem origem nos países que ocupam a região que se situa perto do mar mediterrâneo, como a Itália, a Grécia, a Albânia, a Sérvia ou a Croácia. Estes países têm uma história comum, onde participaram diversos povos, e um clima único que contribui para uma culinária rica e nutritiva que é a culinária mediterrânica. O trigo é sem dúvida a base desta alimentação, e dele derivam as tão conhecidas pizzas de Itália, bem como as diversas formas de massas, os pães e os doces e bolos que não faltam na mesa de uma família típica desta região. Esta região é também rica em frutos e legumes, como as uvas, os citrinos, as azeitonas, a salsa, a hortelã e as ervas aromáticas, bem como muitas outras plantas e frutos com sabores e cores muito variados. Bons exemplos deste tipo de alimentos são as tão “na moda” saladas mediterrânicas, diferentes das usuais em Portugal, com tomate, alface, pepino e poucos mais alimentos. Estas saladas vieram “revolucionar” as típicas saladas portuguesas, com alimentos como os queijos, frutos, iogurtes e tantos outros alimentos usuais daquela região. Pode até dizer-se que no verão as saladas são o alimento mais importante. Os grelhados, que são a mais antiga forma de cozinhar, tomaram nesta zona, uma posição de requinte como não existe em nenhum outro local; os alimentos antes de cozinhados são temperados com uma variedade enorme de especiarias e de seguida são grelhados em forma de espetada por exemplo. Para além da tão utilizada espetada grelhada, é também usual a típica sardinha assada portuguesa, na qual o peixe não tem qualquer tipo de tempero ou tratamento antes de grelhar, sendo servido de uma forma bastante simples, geralmente com batata cozida. De uma maneira geral, a dieta mediterrânica é recomendada por vários nutricionistas visto que é bastante saudável. Trata-se de uma alimentação onde predominam os cereais e derivados, as leguminosas, hortaliças, legumes, frutos, arroz e batatas, e onde se comem em quantidades moderadas o peixe, a carne e os ovos. A gordura mais utilizada é o azeite e são feitas geralmente cinco refeições por dia.
De acordo com as mesmas autoras, alimentação oriental, em específico, a japonesa é rica em peixes, algas marinhas, vegetais, soja e arroz. A posição geográfica do Japão, com uma extensa área litoral, facilita a sua rica alimentação de peixe, sendo esta uma das sociedades mais pesqueiras do mundo. Apesar de terem pouca área de cultivo, os japoneses utilizam as tecnologias modernas para produzirem grandes quantidades de cereais, hortaliças e frutas. Já a falta de bons terrenos de pastos dificulta o desenvolvimento da pecuária, tendo uma alimentação com pouca carne. Este tipo de alimentação à base de peixe e vegetais é considerado muito saudável, no entanto, a falta de leite e dos seus derivados leva muitas vezes a problemas de saúde relacionados com a falta de cálcio como a osteoporose.
Como em todas as sociedades, a cultura da China influencia a culinária deste país. Nesta sociedade, esta influência acentua-se bastante, haja vista que a dieta chinesa baseia-se no princípio do Yin e Yang, com origem no taoísmo, em que os aromas, as cores, os sabores e as texturas dos alimentos se equilibram, tendo em conta que os opostos se complementam. Os alimentos mais comuns são o arroz, o peixe, a carne de porco, os legumes, a carne de cão, de gato ou de cobra, insetos e até mesmo tubarão.
A Índia é outro país onde a religião está bastante presente na alimentação, visto que segundo a maioritária religião da Índia a vaca é um animal sagrado e como tal não é consumida normalmente como em Portugal por exemplo. A base da cozinha indiana é a mistura de ervas e especiarias, nas quais se destacam o açafrão, a canela, a pimenta preta ou a mostarda, daí que a comida indiana seja especialmente conhecida pelos aromas picantes. As comidas do dia-a-dia são constituídas geralmente por arroz, vegetais na sua grande maioria, e também algumas carnes como de frango, bode ou cordeiro.
Na Tailândia também se come muito arroz, entretanto sem qualquer tipo de molho e apenas branco. Legumes como o gengibre, dão origem a molhos para as carnes e peixes em conjunto com amendoim, leite de coco, óleo de ostras, coentros ou alho. Não só se encontram pratos picantes, mas também pratos doces, fazendo a cozinha tailandesa um conjunto de sabores harmoniosos.
A alimentação portuguesa tem mostrado algumas alterações ao longo dos anos, e também varia de região para região. A culinária portuguesa, segundo as autoras já mencionadas, ainda que esteja restrita a um espaço geográfico relativamente pequeno, mostra influências mediterrânicas (incluindo-se na chamada “dieta mediterrânica”) e também atlânticas, como é visível na quantidade de peixe consumida tradicionalmente. A gastronomia portuguesa está bastante assente, ao longo de todo o território, no pão, no vinho e no azeite, tal como nos vários produtos hortícolas e nos frutos frescos.
O azeite é a gordura mais utilizada pelos portugueses, nas sopas e, em vários pratos, tais como nas migas à moda da beira ou no bacalhau assado, onde é acompanhado com bastante alho. O azeite é igualmente utilizado na doçaria, como em alguns bolos alentejanos, e nas “broas de azeite”.
Relativamente aos vinhos, Portugal orgulha-se de ser especialista na sua produção. Ao longo do território nacional, apresentam-se várias espécies de vinhos característicos de cada região. Os vinhos generosos, de alto teor alcoólico e sabor, geralmente doce, incluem o prestigiado vinho do Porto, o vinho da Madeira, o vinho de Carcavelos, o moscatel de Setúbal, entre outras variedades, como os vinhos “abafados”, em que o mosto não chega a fermentar devido ao fato de ser diluído em aguardente. Podemos ainda referir que na zona do Minho o vinho verde é fortemente apreciado.
Quanto aos produtos hortícolas estes são bastante utilizados para diversos fins como as saladas, as sopas de legumes e os cozidos. O cozido à portuguesa, considerado por muitos como o prato nacional, é composto por uma grande diversidade de ingredientes cozidos em água abundante, e as diversas receitas utilizadas variam de regiões para regiões ao longo do território português.
As carnes também possuem um grande papel na alimentação portuguesa, principalmente de porco, compõem também um conjunto de pratos e petiscos regionais, onde sobressaem os presuntos e os enchidos.
A época dos descobrimentos teve um grande impacto na alimentação dos
portugueses. Após esta época, a culinária portuguesa rapidamente integrou o uso, por vezes quase excessivo, de especiarias e do açúcar, além de outros produtos, como o feijão e a batata, que foram adoptados como produtos essenciais. Podemos ainda referir que é no Sul que se usam mais ervas aromáticas. Enquanto que no Norte de Portugal se usa quase exclusivamente a salsa, o louro, a cebola e o alho, no sul, especialmente no Alentejo, utilizam-se os coentros, as mentas (hortelã, poejo, etc.), os orégãos e o alecrim.
É obrigatória a referência ao peixe consumido tradicionalmente em Portugal. Além da célebre sardinha portuguesa, o bacalhau, pescado em águas mais frias e afastadas, são os peixes mais usados pela cozinha lusitana. Contudo também não nos podemos esquecer-nos da grande quantidade de mariscos bastante apreciada pelos portugueses.
Quanto à doçaria, esta apresenta uma considerável importância na história da alimentação portuguesa. A doçaria de Portugal teve origem no século 16 nos conventos e mosteiros espalhados por todo o país. A utilização de claras de ovos nos mesmos desencadeou o fato das gemas de ovos serem constantemente utilizadas nestas especialidades. A título de exemplo temos os ovos-moles de Aveiro, cuja forma de os preparar é devida às freiras da Ordem dos Carmelitas no século XIX, as queijadas de Sintra, que tiveram origem no século XIX, os pastéis de Belém originadas nos Mosteiro dos Jerónimos, bolo de Dom Rodrigo, pasteis de Tentúgal, Lampreia de Portalegre, Rebuçados de Ovos, relacionados com Convento de São Bernardo de Portalegre, Trouxas-de-ovos das Caldas, barriga de freira de Arouca, Fatias de Tomar, as tigeladas de Abrantes, entre muitos outros.
Focando a religião predominante em Portugal, o Cristianismo, é de sublinhar o facto de a religião da sociedade ter influências na alimentação da população dessa mesma sociedade. Em Portugal, encontramos algumas normas estabelecidas pelo Cristianismo na sociedade portuguesa. Como exemplo disso, referimos o facto de na semana santa os portugueses não consumirem carnes, optando pela alimentação baseada nos peixes, como o bacalhau por exemplo. Prato principal na Sexta-Feira Santa e no almoço do Domingo de Páscoa, o bacalhau é um peixe rico em nutrientes e possui um papel bastante importante na gastronomia de Portugal. Desde a antiguidade que a religião tem influência na sociedade e alimentação de Portugal. Antigamente, os crentes utilizavam certos animais e certos alimentos como sacrifícios religiosos a significar a homenagem à divindade.
Analisando as consequências da história do Cristianismo na alimentação e na sociedade portuguesas salientamos o facto de as claras de ovos serem constantemente usadas para a confecção de hóstias, para a clarificação dos vinhos e para as freiras dos conventos e mosteiros manterem os seus hábitos engomados. As freiras e os frades para não desperdiçarem as gemas dos ovos e aproveitando o açúcar do Novo Mundo foram aperfeiçoando as receitas mais antigas criando doçarias hoje apreciadas em todo o mundo, destacando a sua criatividade e originalidade.
Tomé et all (2011) ao abordar a alimentação africana, afirma que é pouco provável no sentido típico de todo o país devido à sua grande dimensão humana e geográficas, no entanto para encontrarmos alguns fatores comum na alimentação temos que mencionar o continente em várias regiões afim de entender a alimentação do povo Africano. Então se divide em; Norte da África, África Subsaariana, África Austral e Oriental.
A alimentação cabo-verdiana oferece uma culinária própria e deliciosa devido à mistura de vários ingredientes que surgiram da influência da culinária Europeia e Africana, no entanto a gastronomia Cabo-verdiana tem o seu sabor original e único em todo o mundo.
O principal produto alimentar é o milho no qual é confeccionado o prato tradicional do país “cachupa” e por outro lado se faz o xerem que é feito com leite de coco, mas também existem outros produtos alimentar no país de grande importância tais como: os diversos tipos de peixe (a serra, o atum, a moréia, o polvo, a lagosta, etc.) e para além dos tradicionais fazem alguns pratos internacionais.
Em Cabo verde também é muito apreciado o cuscuz e o pastel que é feita de farinha de milho, os doces de papaia, coco, leite, batata, mancara, etc., o caldo de peixe com banana verde e batata e não se esquece das bebidas típicas do país (o grogue e o ponche). A cachupa é o prato tradicional que algum tempo a trás constituiu a base da dieta alimentar de quase todos os cabo-verdianos. Agora, apenas é tido como prato de referência divido ao aumento de consumo de bens essenciais do exterior (o arroz, o óleo, o açúcar, o azeite, a manteiga, o leite, etc.), mas tem autossuficiência em alguns produto (mandioca, batata doce, etc.), portanto podemos dizer que hoje Cabo verde é um país que possui a dieta alimentar mas ou menos variável pois depende dos bem essenciais do exterior.
Encaminhamento Metodológico
A construção deste trabalho toma como base a proposta da sequência didática que está vinculada ao estudo do gênero textual. Logo, entende-se como sequência didática, um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa, isto é, organizadas de acordo com os objetivos que o professor deseja alcançar no processo ensino-aprendizagem.
Vera Lúcia (2009) define-a como um conjunto de módulos escolares organizadas sistematicamente em torno de uma atividade de linguagem dentro de um projeto.
Também, a referida autora, Vera Lúcia (2009) afirma que a sequência didática é considerada um conjunto de atividades progressivas, planificadas, guiadas por um tema, ou por um objetivo geral, ou por uma produção dentro de um projeto de classe. Assim, é constituída de uma produção inicial, feita sobre uma situação de comunicação que orienta a sequência didática e de módulos que levem os alunos a se confrontarem com os problemas do gênero tratado de forma particular.
O público-alvo, para atender as ações que serão desenvolvidas no Colégio Estadual Ulysses Guimarães – Ensino Fundamental e Médio, na cidade de Foz do Iguaçu – Paraná, são 136 alunos pertencentes ao 2° ano do Ensino Médio, turmas “C, D, E; e turmas da Educação de Jovens e Adultos”.
As etapas que compreendem a praticidade das tarefas pedagógicas estão fundamentadas nos conceitos que se relacionam à sequência didática. Assim, as atividades acontecem em torno da:
• Discussão e apresentação do Gênero Instrucional a partir de mídia impressa e exposição dialogada visando à compreensão dos elementos estruturais e linguísticos que caracterizam tal gênero;
• Dedução do uso do modo verbal Imperativo dentro da construção deste gênero textual, utilizando mídia impressa;
• Levantamento de receitas de família trazidas pelos alunos e viabilização de sua escrita em Língua Inglesa e Portuguesa por meio de pesquisa de vocabulário e estrutura deste gênero.
• Pesquisa da origem e do processo de globalização do Cupcake;
• Pesquisa e elaboração de um roteiro para filmagem de um vídeo demonstrativo da execução da receita e seu resultado. A pesquisa é realizada por meio digital e impresso, além disso, há orientação por parte do professor no que se refere às características peculiares da linguagem cinematográfica;
• Filmagem do vídeo demonstrativo da execução da receita e seu resultado – fazendo uso de filmadora, câmeras fotográficas digitais e celulares, além de computador para edição das imagens;
• Apresentação dos vídeos para as turmas por meio do projetor multimídia e/ou da TV pendrive;
• Postagens dos vídeos na Internet, a partir de celulares e/ou computadores.
Esclarece-se que todo o processo é desenvolvido tanto em Geografia, Língua Portuguesa e Língua Inglesa, e o vídeo apresenta a culminância de tais trabalhos, proporcionando uma ação pedagógica interdisciplinar.
Para ratificar a opção por tais encaminhamentos, recorremos às DCEs:
Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo. (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - LEM, 2008 p. 57)
A afirmação acima se aplica também à área de Geografia e Língua Portuguesa.
Ao se reportar aos recursos que envolvem mídias e tecnologias, para o desenvolvimento das tarefas mencionadas acima, utilizam-se:
• A mídia impressa, como caderno de receitas, manual de instrução;
• A informática, por meio do computador, multimídia e internet;
• A TV e vídeo, como celular, filmadora e câmera fotográfica.
Avaliação
No processo educativo, a avaliação tem função diagnóstica e investigativa em relação à prática pedagógica. Para tanto, ela possibilita o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem, estabelecendo-se assim, o verdadeiro sentido da avaliação como: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002).
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores e por isso ela tem o objetivo de proporcionar subsídios para as ações tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.
A avaliação visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize.
Diante dos conceitos mencionados as práticas avaliativas dão-se por meio da pesquisa sobre a origem e globalização dos produtos denominados orgânicos e nutritivos, como também o resultado da pesquisa sobre esses produtos para feitura e sua apresentação.
Disciplinas:
Língua Portuguesa:
Eixos: Leitura; Escrita; e Oralidade.
Conteúdo Estruturante: Educação Alimentar e Nutricional.
Conteúdos Específicos:
• Modos e Tempos verbais;
• Concordâncias e regências verbais;
• Gênero Textual: Dissertativo Argumentativo (comentário; artigo de opinião; carta ao leitor); e
• Período Composto por Coordenação e Subordinação.
Encaminhamentos Metodológicos
A proposição do plano de aula será para os alunos do 2º anos, do Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), do Colégio Estadual Ulysses Guimarães, sito à Rua Bartolomeu de Gusmão, nº 3500, Jardim Panorama, Foz do Iguaçu, Paraná.
Toda a prática pedagógica é fundamentada na concepção da sequência didática. Assim, as ações norteiam:
• Leituras de textos verbais e não verbais, em torno do tema “Educação Alimentar e Nutricional”;
• Debate oral sobre o assunto;
• Elaboração de um texto argumentativo, a partir do debate;
• A partir do texto produzido pelo aluno, introduzem-se teorias, conceitos e estruturas físicas, temáticas e linguísticas sobre os gêneros textuais: comentário crítico argumentativo; artigo de opinião; e carta ao leitor;
• Na sequência destas ações, proporciona um trabalho de pesquisa sobre o emprego das concordâncias e regências verbais e nominais, bem como do uso dos modos e tempos verbais;
• Exercícios preparatórios que envolvam a produção por meio da escrita, das imagens e oralidade.
Avaliação
As ações são pautadas nos princípios da avaliação participativa, cumulativa e somática. Logo, a culminância do trabalho concretizará a partir das produções dos textos artigos de opinião; comentário crítico argumentativo e carta ao leitor.
Referências
KOCH, I. V. & ELIAS, V. M. O texto e a construção dos sentidos, São Paulo: Contexto, 1997.
BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
______________ . Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
CEREJA, W. R. & MAGALHÃES, T. C. Português: linguagens. 2. ed. São Paulo: Atual, 2005.
CRISTOVÃO, V. L. L. Sequência didática para o ensino de línguas. In: DIAS, R.; Cristovão, V. L. L. (Org.). O livro didático de Língua Estrangeira: múltiplas perspectivas. 1. ed. Campinas: Mercado de Letras, 2009.
FERREIRA, M. Gramática: aprender a praticar. São Paulo: FTD, 2003.
KOCH, I. G. V. & FÁVERO, L. L. Linguística textual: introdução. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
LIMA, E. S. Avaliação na escola. São Paulo: Sobradinho, 2002.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: BEZERRA, M. A.; DIONÍZIO, A. P. & MACHADO, A. R. Gêneros textuais e ensino. 2. ed. São Paulo: Lucerna, 2002.
MARINELLO, A. F.; BOFF, O. M. B. & KOCHE, V. S. O texto instrucional como um gênero textual. (Artigo – ISSN. 0/02-7077). Caxias do Sul (RS): Universidade de Caxias do Sul, 2008.
Artes:
Conteúdo Específico: Contribuição cultural na alimentação brasileira.
Objetivos:
• Conhecer a alimentação em seus aspectos culturais e históricos, ou seja, como um elemento da cultura que se transforma no tempo, de acordo com as mudanças que ocorrem na sociedade.
• Conhecer fatores geográficos, econômicos e políticos que se relacionam com a dieta de um povo, em um dado momento histórico.
• Analisar das transformações históricas da dieta de uma população - busca das causas e das consequências dessas mudanças.
Metodologia
Inicia-se com textos abordando a formação cultural alimentar da população brasileira, envolvendo as diferentes contribuições dos povos que colonizaram o país, não se esquecendo dos índios que aqui já habitavam.
Com a permanência de certos hábitos alimentares é cultural, aprendida e transmitida nos núcleos familiares e nas comunidades, ambiente que hoje recebe grande influência da mídia e da agroindústria. Segue-se fazendo com os alunos uma análise sobre seus hábitos alimentares individuais, trazidos através do estudo de suas gerações, para assim seguir para o terceiro momento, onde se sugere uma pesquisa individual sobre os hábitos alimentares de cada aluno.
Após as pesquisas, num último momento faz-se a promoção de uma mostra cultural, onde os alunos trarão um prato típico de seu núcleo familiar.
Avaliação
• Avaliação participativa.
• Registros da discussão.
Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Arte Ensino Médio, 2ed. Curitiba: SEED, 2007.
História
Conteúdo Estruturante:
Educação Alimentar e Nutricional
Conteúdo Específico: A apropriação dos resultados da produção de alimentos de forma desigual
Objetivo:
• Identificar a produção alimentar como uma das causas da desigualdade social.
Metodologia:
• Texto informativo sobre a revolução agrícola (PRÉ-HISTÓRIA)
• Revolução Agrícola – paleolítico para o cretáceo (10000 a.C), o homem passou a produzir seu alimento através da agricultura. Deste então, os excedentes já foram apropriados por poucos, gerando desigualdade social.
• Discussão coletiva de como minimizar o problema da desigualdade social.
Avaliação:
• Avaliação participativa.
• Registros da discussão.
Referências:
BIANCHETTI, J. A. P. P. A interdisciplinaridade para além da filosofia do sujeito, Petrópolis: Vozes, 1995.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. História do Ensino Médio, Curitiba: SEED, 2007.
- www.m.historiadomundo.com.br Revolução agrícola, acesso em 11 de out. de 2014.
Reflexão e ação
ELABORAÇÃO COLETIVA DA PROPOSTA CURRICULAR INTEGRADA
As dimensões da cultura, do trabalho, da ciência e da tecnologia presentes no trecho da obra proposta para análise, destacam-se, porque, à medida que o tempo vai passando, assim como, em todos os campos, o material utilizado sofre evolução, entretanto a cultura influencia nessa absorção e prática do conhecimento, ressaltando que o instrumento mais importante é o homem.
Nesse ambiente poderia apropriar-se do passado para formar uma sociedade que busca nova visão de mundo, estabelecendo uma relação entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura para a formação do homem contemporâneo.
Assim, ele poderia ser incorporado como material para discussão em sala de aula, com o objetivo de se focar na necessidade do homem em manipular os instrumentos tecnológicos de ponta, já que o sujeito do século XXI precisa estar ciente que estas servem para colaborar com o trabalho de pesquisa e novas descobertas científicas, bem como as socializações das mesmas. Logo, cabe aos educadores dos colégios, em primeiro lugar, realizar dinâmicas de conscientização que os aparem para utilização desta tecnologia como instrumento para pesquisa.
Processo selecionado: A produção Industrial sob o aspecto artístico do Realismo.
A arte está presente na humanidade, desde os primórdios, a partir da necessidade do homem de expressão e compreensão do mundo. Quando pensamos no desenvolvimento industrial do século XIX, observa-se a mudança em vários aspectos da vida do homem, que irá influenciar no próprio futuro da humanidade. Aborda-se além dos novos materiais utilizados, o aspecto social; as políticas de trabalho; o desgaste físico do trabalhador; a relação familiar e o papel da mulher nesse novo contexto. A arte por sua vez, vem fazer toda uma leitura visual desse período, ilustrando e apontando esses aspectos relacionados.
Entre 1850 e 1900 surge nas artes europeias, sobretudo na pintura francesa, uma nova tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente industrialização das sociedades. A Europa, que tinha aprendido a utilizar o conhecimento científico e a técnica para interpretar e dominar a natureza convenceu-se de que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas, deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da realidade. Para entender as transformações desse período, o estudante deve analisá-lo nas seguintes perspectivas: histórica; social; política; econômica; ambiental; cultural.
Teorias e conceitos explicativos nos respectivos campos das ciências.
Em história, trata-se do entendimento da transição da sociedade artesanal e manufatureira para o modelo industrial, não como algo natural, mas como produção humana. Na consolidação houve um consenso entre as partes para seu estabelecimento ou imposição dos interesses de um grupo dotado de poder econômico e político. Para avançar neste ponto, os conhecimentos necessários nos rementem ao contexto histórico da ocorrência das transformações, principalmente no âmbito político e econômico.
A parte da sociologia irá trabalhar o processo da evolução do homem, no aspecto de como o trabalho era visto e produzido por aquela sociedade, bem como a influência desses para a formação do homem atual.
Nas áreas biológicas, e química, irá tratar dos aspectos da evolução e complicações físicas do ser humano, no que se refere a exposição do homem ao trabalho intenso; ainda trata-se da evolução material na construção de uma nova forma de exploração da natureza.
Em arte pensa-se e analisa toda produção, nos campos da arquitetura, pintura e escultura, a partir da necessidade da expressão humana da nova sociedade que surge. Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações, ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia. Na escultura não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiam os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras. Sua característica principal é a fixação do momento significativo de um gesto humano. Na pintura a representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da natureza, ou seja o pintor buscava representar o mundo de maneira documental, ainda ao artista não cabe "melhorar" artisticamente a natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é, bem como revela-se os aspectos mais característicos e expressivos da realidade. O artista faz isso utilizando temas como a politização e pintura social, onde as injustiças e desigualdades entre a miséria dos trabalhadores e a opulência da burguesia, presentes nessa pintura realista.
Os resultados finais envolvendo esses grupos serão sentidos pelo aluno, que terá uma visão muito mais ampla da leitura do período, uma vez que serão trabalhados sob todos os aspectos, passeando por várias áreas conhecimento, em uma explanação mais completa e integrada.
A análise do aluno parte então, desde o conhecimento histórico, social e cultural, para efetiva influencia no campo da preservação ambiental, tema este essencial, para própria sobrevivência do homem.
Neste ponto, o estudante deve ter a capacidade de entender que para solucionar a questão proposta inicialmente, deve dominar conceitos de diferentes ciências, como história, arte, sociologia, química e biologia.
A partir dos conhecimentos adquiridos o aluno passa a ter a percepção de que as áreas do conhecimento, não se isolam entre si, mas são essenciais para a leitura do passado, como a percepção e análise do presente, para seguir nas transformações essenciais para uma melhor qualidade de vida do ser humano atual e futuro.
Sem conhecimentos específicos em cada uma das áreas de conhecimento, não é possível solucionar a questão, contudo, com os conhecimentos específicos, de forma compartimentada, também não se chegará a um resultado conclusivo.
Assim chega-se a conclusão da necessidade de ligação entre as várias áreas do conhecimento, para que o aluno tenha uma apropriação completa, uma vez sendo que somente através disso ele conseguirá fazer uma leitura integral.
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