No decorrer dos diferentes períodos históricos do Brasil, verifica-se que a educação está vinculada aos interesses políticos e econômicos da elite dominante. Tanto, que a educação foi por muitas vezes, diferenciada conforme as classes sociais a que cada cidadão pertencia.
Seguindo um padrão seletivo, onde o acesso aos níveis de educação era estabelecido pelo poder aquisitivo, e gênero, pois, as mulheres também eram discriminadas, sendo muitas vezes impedidas de freqüentarem os bancos escolares.
Aqueles que possuíam condição de freqüentar cursos superiores eram apenas as classes altas, para manter o poder e dominar as classes inferiores. Essas pretensões de dominação são claras quando verificamos o controle ao acesso as escolas superiores, inclusive com Exames Vestibulares.
A diferença na qualidade e conteúdos ensinados para as diferentes classes remete a compreensão da educação voltada apenas para a formação de mão de obra para o mercado de trabalho, diferente daquela educação para os trabalhadores intelectuais, de acesso restrito para cidadãos comuns.
Durante muitos anos a educação foi manipulada segundo interesses de dominação e superioridade das classes altas sobre as mais baixas. Atualmente temos um acesso mais amplo e menos desigual no Ensino Médio, tanto por classe social, como o sexo feminino também tem esse direito. Os cursos técnicos que por um período foram extintos, voltaram a fazer parte dos currículos escolares. No entanto, a educação ainda tem muito que avançar. Por exemplo, superar a alienação e a subordinação ao mercado de trabalho, a diferença de qualidade e as condições de permanência na escola. Eliminando o reflexo social e econômico sobre o ensino e formando cidadãos críticos independente do poder aquisitivo.